terça-feira, 29 de outubro de 2013

FRUTA-PÃO

Aspectos gerais:Originária da Indomalásia (Java ou Sumatra) ou da Malásia; o fruto é base alimentar para povos ilhéus da Polinésia (Oceano Pacifico). Além de fruteira é tida como ornamental.
Seu nome cientifico é Artocarpus altílis (Parks) Fosberg, Moraceae, Dicotyledonae; duas variedades destacam-se: Apyrena - cujo fruto não tem sementes, é chamada fruta-pão de massa e Seminifera - cujo fruto possui sementes, é chamada fruta-pão de caroço.
  • A fruta-pão é árvore que vive 80 anos; alcança 25-30m. de altura tem copa relativamente frondosa com folhas grandes e recortadas de cor verde escura, flores amareladas e frutos globosos com 20-25 cm. de diâmetro e 1-3 Kg de peso.
  • Desenvolve-se bem em clima tropical úmido - preferencialmente em regiões baixas e chuvosas. No Brasil pode ser cultivado desde São Paulo ao Pará sendo muito encontrado em pomares de quintais do litoral dos estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.
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Usos:
A polpa do fruta-pão de massa é rica em calorias, carboidratos, água, vit. B1, B2, C, cálcio, fósforo, ferro e tem baixo teor de gorduras. Industrialmente a polpa foi aproveitada como fruta seca e farinha panificável além de fonte para extração do amido e de farinha granulada semelhante ao "sagu". Em uso caseiro a polpa - quase madura - pode ser cozida, assada, transformada em purê ou cortada em fatias consumidas fritas (como a batatinha) com manteiga, mel ou melaço. Cortada em fatias (de 50-10 mm de espessura) secas ao sol ou em fornos a polpa é usada para o preparo de raspas ou crueiras ou aparas e de farinhas que, misturadas à farinha de trigo, podem compor o pão caseiro. Madura a polpa é aproveitada na fabricação de doces.
Sementes - As sementes do fruta-pão de caroço podem ser consumidas assadas, torradas, ou fervidas em água e sal; outrossim possibilitam a extração de farinha alimentícia bastante nutritiva. Em alguns estados brasileiros usa-se as sementes - em substituição ao feijão - para preparar guisados e ensopados. As sementes são consumidas, facilmente, pelo gado em geral.
Árvore - O gado consome facilmente as folhas e muitas vezes casca do tronco de plantas jovens. Ramos novos macerados liberam fibras empregadas na fabricação de cordas e esteiras.
A madeira, de cerne amarelado que passa a castanho após cortada, é resistente a insetos, é fácil de trabalhar, é utilizada na fabricação de forros, portas, instrumentos musicais e marcenaria; também produz carvão utilizável no preparo da pólvora.

O látex - do fruto e do tronco - por sua viscosidade, é utilizado para capturar pássaros, para fabricação de colas e em associação com fibras, usado para calefetar barcos.
Uso medicinal - A farmacopéia popular tem utilizado:
Raiz: como antidiarréica; seu cozimento torna-a útil contra reumatismo, beribéri e entorpecimento de pernas dos humanos
Flores novas (frescas) são emolientes e base de conserva acídula e comestível.
Polpa do fruto reduzida a pasta quente é supurativo para tumores e furúnculos.
Sementes são tônico para estômago e rins. Látex usado como cicatrizante de feridas.
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Necessidades da planta:A fruta-pão gosta de sol, requer clima tropical úmido, temperatura média anual em 25ºC, chuvas anuais ao redor de 1.500 mm - bem distribuídos - umidade relativa do ar entre 75% e 80%. A planta é sensível a longos períodos de seca, portanto, em locais sujeitos à seca deve-se plantar o fruta-pão próximo a aguadas ou rios. Solos devem ser férteis, com bom teor de matéria orgânica, profundos, bem drenados, não sujeitos a encharcamentos.
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Preparo de mudas:Variedade com sementes: logo após retiradas dos frutos as sementes devem ser lançadas em canteiros de 1 m de largura e 20 cm de altura cujo leito contenha mistura bem peneirada de terra vegetal e cinza de madeira - proporção 2:1 são necessários 4 Kg de sementes - 560 unidades - para semeio de 1 m2 de sementeira em filas contínuas de 4 cm de profundidade e 5 cm de espaçamento entre elas. Quando as plantinhas alcançarem 5-10 cm de altura são colocadas em sacolas - 18 x 30 - de polietileno cheias com mistura de terra vegetal, esterco de curral curtido, areia e cinza - proporção 4:2:1:1 - e mantidas sob meia sombra.
Variedades sem sementes: reproduzida por brotações ou rebentos das raízes ou por pedaços (estacas) de raízes. Estes materiais só devem ser retirados da planta em dias de chuvosos.
Brotações: retiradas das raízes devem ser "encanteiradas" - sob sombra - no solo em embalagens - sacos de polietileno 20 x 30 - previamente cheias com mistura recomendada para sementeira.
Estacas: estaquia de raízes (método de Wester, Filipinas).
Em local a meia sombra preparar canteiro com mistura de areia grossa e terriço - 1:1 -; retirar a estaca - com 20 cm de comprimento e 1,2 a 6 cm de diâmetro - de planta vigorosa e sadia. Abrir sulcos nos canteiros, colocar estaca - com parte mais grossa para cima - inclinada deixando 4-6 cm para fora da terra; já bem enraizada a estaca é transferida para sacola de polietileno - 20 x 30 - cheia com mistura para sementeira. Após bom desenvolvimento de raízes e folhas a muda estará pronta e apta ao plantio em local definitivo.
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Plantio:
Espaçamento 8 x 8 m a 10 x 10 m, cova com dimensões de 50 x 50 x 50 cm. Com antecipação de 25 dias ao plantio encher a cova com terra de superfície misturada a 15 litros de esterco mais 300 g de superfosfato simples e 500 g de calcário dolomitico (este no fundo da cova); retirar invólucro da embalagem da muda colocá-la na cova (nivelando superfície do torrão da muda com o solo), comprimir bem a terra em volta e irrigar com 20 litros de água. Colocar cobertura morta em torno da muda por dois anos.
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Tratos culturais e fitossanitários:Nos dois primeiros anos efetuar capinas em "coroamento" e roçar a área restante sem retirar as raízes da erva; na época seca do ano podar ramos secos e doentes. No período chuvoso adubar, em cobertura, dose anual dividida em três parcelas - planta/vez após a capina e no "coroamento" - do 1º, 2º 3º e 4º ano com fórmula 12:12:12 com 100 g, 150 g, 200 g e 300 g, respectivamente, adicionados de 15 litros de esterco/ano e 100 g de calcário/ano. A partir do 5º ano utilizar mistura 15:15:15 aplicando 300-600 g por planta/ano adicionadas de 200 g de calcário/ano e 15 l. de esterco/ano.
As pragas são representadas por cochonilhas, brocas e pulgões (sem danos econômicos); a doença que preocupa é a podridão das raízes que acontece em solos encharcados e pode matar a planta.
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Colheita:Início entre 3º e 5º ano de vida; para a fruta-pão de massa; o momento de colheita é indicado quando a casca torna-se amarelada e começa a exsudar seiva leitosa e o fruto produz som "fofo" quando nele se bate. Fruto com semente simplesmente cai ao chão. Os frutos conservam-se bem sob clima ambiente e podem ser transportados a longas distâncias.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
EMBRAP- ACPATUFruticultura Tropical - A fruta-pão
Belém, Pará - 1987

Editora GloboGlobo Rural - maio 1996
São Paulo, SP - 1986

Editora Abril Guia Rural Abril - 1990
São Paulo, SP

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PITAYA

A Pitaya na Dierberger

Pitaya

É uma fruta pertencente à família das cactáceas e é conhecida mundialmente como  "Dragon Fruit", Fruta-do-Dragão.

É fruta de aparência muito bonita e diferente, além de produzir flores noturnas de rara beleza com grande potencial ornamental. De acordo com a espécie seus frutos podem ser de cor amarelo-vivo ou vermelho externamente, de polpa branca translúcida com minúsculas sementes como o Kiwi e de sabor suave e muito agradável. Em algumas espécies a polpa é de coloração vermelha com tonalidade mais forte que a casca e são atualmente as mais procuradas para plantios comerciais.
Durante muito tempo seu consumo foi restrito às mesas norte-americanas, européias e australianas, chegando ao Brasil na década de 90 através de importações da Colômbia, o que despertou o interesse dos fruticultores brasileiros.
Aqui na Fazenda Citra em Limeira nós iniciamos nossos testes com esta fruta em 1991 através de material introduzido por um grande colaborador , o Sr. Mário Nogueira Rangel, pesquisador da Enciclopédia Britânica. Ele consumiu a fruta em uma de suas inúmeras viagens à América Central e logo pensou na implantação desta frutífera de fácil cultivo no Brasil com grandes perspectivas econômicas.
Grande entusiasta da fruticultura o Sr. Mario Nogueira Rangel também nos trouxe material de outras frutíferas exóticas como
o Mamey ( Callocarpum sapota ) e Akee ( Blighia sapida ) entre outras. De boa parte destas espécies não obtivemos o mesmo sucesso das Pitayas devido a fatores climáticos limitantes. No que diz respeito às espécies de Pitayas tivemos bastante êxito, hoje já temos várias dessas plantas produzindo em nossa coleção e já estamos iniciando a produção de mudas das seguintes espécies, veja na próxima página.



-              PITAYA VERMELHA DE POLPA BRANCA
( Hylocereus undatus, (Haw.) Britton & Rose
De origem incerta, provávelmente Caribe e Indias  Ocidentais.

- PITAYA VERMELHA DE POLPA VERMELHA
( Hylocereus costaricensis, F.A.C. Weber) Britton & Rose
Originária da Nicarágua, Costa Rica e Panamá


-              PITAYA AMARELA
( Selenicereus megalanthus, K.Schum. ex Vaupel ) Moran             
Originária da Bolivia, Colômbia, Equador e Peru.
Obs. Esta espécie ainda não esta produzindo.

- PITAYA PEQUENA OU SABOROSA
( Selenicereus setaceus, Salm-Dyck ) Werdermann
Originária da Argentina, Bolivia, Brasil e Paraguai             
Obs. Esta espécie nos foi trazida por nosso amigo  e colaborador de Patos de Minas , Prof. Adelicio
Pereira da Silva.

Temos ainda outras espécies plantadas na coleção e que ainda não produziram frutos : Hylocereus  polyrhizus ,
Hylocereus ocamponis, Hylocereus guatemalensis e Hylocereus  broxensis.

Dicas de cultivo

Origem: As espécies são nativas do continente americano sendo que as espécies mais comerciais se concentram na América Central e México. Temos uma espécie de excelente qualidade aqui na América do Sul porém de frutos menores, a Selenicereus setaceus, conhecida também como Saborosa ou Pitainha.

Clima: Pode ser cultivada em diversas altitudes, desde o nível do mar até acima de 1000 metros, preferindo temperatura média entre 18 a 26 graus centígrados. Chuvas de 1200 a 1500 mm ao ano são ideais para o desenvolvimento da cultura, porém também se desenvolve em climas mais secos.

Solos: Os solos que oferecem melhores condições para o desenvolvimento do cultivo são os de pH entre 5.5 e 6.5 e não compactados . Devem ser ricos em matéria orgânica, bem drenados e de tex tura bem solta.

Espaçamento: O tutoramento com mourões é fundamental. Pode ser feito com mourões de madeira tratada, postes de concreto e até caules de frutíferas ( ex. tangerineiras, laranjeiras, etc.) que após podados podem ser usados para tutoramento. Um espaçamento sugerido usando os tutores seria 3 metros entre as plantas e 4 metros entre as ruas, podendo ser plantada 1 ou 2 mudas por tutor. Lembramos também que em plantios domésticos a Pitaya pode ser plantada em caules de árvores preferencialmente de porte baixo para não dificultar a colheita. Alguns produtores fixam quadros de madeira no ápice dos mourões para um melhor tutoramento o que onera um pouco mais o trabalho porém com resultados melhores.

Plantio: Plantar em covas de 40cm de diâmetro por 40cm de Profundidade juntando uns 10 litros de esterco de curral (ou 2 kg de húmus de minhoca) mais 300g de farinha de ossos (ou super-fosfato simples). Misturar bem os adubos à terra da cova antes do plantio. O sombreamento das mudas novas é aconselhável quando as plantas estiverem estocadas em viveiros sombreados. Este sombreamento pode ser feito de maneira simples com folhas de palmeiras fincadas verticalmente ao lado da muda .

Produção: Em literaturas internacionais são citadas produções de 14 toneladas por hectare para a Pitaya Amarela (Selenicereus megalanthus ) e para a Pitaya Vermelha de Polpa Branca ( Hylocereus undatus ) 30 toneladas por ha, isto anualmente. No Vietnam os plantadores conseguem até 40 ton por ha, provávelmente isto se deve ao sistema de condução da planta , pois podas aumentam a brotação de galhos na planta e consequentemente haverá mais flores e frutos. A irrigação nos períodos mais sêcos, desde que sem encharcamentos, também acelera o desenvolvi mento da planta. Vale lembrar que plantas que estiverem em situação de estresse hídrico prolongado não devem ser irrigadas abundantemente pois correm o risco de apodrecimento.

Obs. Evitar pulverizações com defensivos químicos pois os mesmos podem interferir no sabor dos frutos. Para fungos usar preferencialmente calda bordaleza.

Imagens:

www.fazendacitra.com.br e www.luisbacher.com.br

ERVA-MATE

A erva-mate, conhecida cientificamente por ilex paraguariensis, é originária da Mata Atlântica e pode ser encontrada nas florestas dos três estados do sul do Brasil, no norte da Argentina, Paraguai e Uruguai. Sua árvore pode atingir mais de oito metros de altura. O caule é curto e cinza e as folhas são ovais e coriáceas. O fruto é pequeno e pode ser verde ou vermelho-arroxeado. 

A extração e cultivo da erva-mate é uma tradição antiga. Os primeiros a utilizarem a planta, fazendo uma infusão com as folhas, foram os índios Guaranis e Quínchua, que habitavam a região das bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, na época da chegada dos colonizadores espanhóis. 

A origem da palavra mate deriva do quíchua matty, nome dado para a cuia, o recipiente onde o chá mate era bebido por estes povos. Com o passar do tempo, o hábito de tomar chimarrão (feito com água quente) ou tererê (feito com água fria/gelada ou limonada) popularizou-se principalmente nas regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil, sendo também consumido na Argentina, Uruguai, Paraguai e em algumas localidades do Chile e do Peru. 

A erva-mate é conhecida por suas propriedades estimulantes e digestivas, sendo que o mate pode ser considerado o chá oficial do Brasil, uma vez que além do uso tradicional sob forma de chimarrão ou tererê, o mate também é consumido como chá quente ou chá mate gelado no verão, comum nas praias do litoral brasileiro. 

MAXIXE

As informaões a seguir Valdemir Mota de Menezes obteve no site:
Maxixes
Maxixe - imagem original: hortas.info - Licença Creative Commons
O maxixe (Cucumis anguria) é uma trepadeira cujos ramos podem crescer até 3 metros. Planta de origem provavelmente africana, pode ser encontrada crescendo naturalmente em muitas regiões tropicais da América e da Austrália.

Clima

O maxixeiro é uma planta de clima quente, crescendo bem em temperaturas entre 20°C e 27°C.

Luminosidade

Esta planta cresce melhor em condições de alta luminosidade, com luz solar direta pelo menos algumas horas por dia.

Solo

Plante em solo leve, rico em matéria orgânica, fértil e bem drenado. O ideal é que o pH do solo esteja entre 5 e 6,5.

Irrigação

Irrigue com a frequência necessária para que o solo seja mantido úmido, porém sem que permaneça encharcado.
Maxixeiro com um maxixe
Maxixeiro crescendo rasteiro - imagem original:Eugenio Hansen, OFS - Licença Creative Commons

Plantio

O plantio das sementes é feito normalmente no local definitivo, fazendo covas de 30 cm de profundidade e 30 cm de diâmetro. A terra retirada de cada cova deve ser adubada com esterco bem curtido, húmus de minhoca, composto orgânico ou adubo químico. Após fechar a cova com a terra já adubada, irrigue e coloque 2 ou 3 sementes a cerca de 2 cm de profundidade. Quando as plantas tiverem 10 cm de altura, deixe apenas uma ou duas plantas por cova. Alternativamente, as sementes podem ser plantadas em pequenos vasos, sacos para mudas, copos feitos de papel jornal ou outros recipientes. As mudas são então transplantadas quando têm de 4 a 5 folhas. O espaçamento pode ser de 2 a 3 metros entre as linhas de plantio e 1 metro entre as plantas.

Tratos culturais

O maxixe é normalmente cultivado como uma planta rasteira, mas pode ser tutorado, crescendo então em cercas ou treliças.
Cada planta tem flores masculinas e flores femininas separadas e necessita da presença de abelhas para que a polinização ocorra. Se não houver abelhas, a polinização pode ser realizada manualmente com a ajuda de um pincel de cerdas macias.
Cultivares de maxixe
Amostra de vários cultivares de maxixe - imagem original: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - Licença Creative Commons

Colheita

Geralmente a colheita inicia-se em 50 a 80 dias depois do plantio, dependendo do cultivar e das condições de cultivo. A colheita dos frutos para serem consumidos crus deve ser feita antes do desenvolvimento das sementes, quando são bem novos. Para outras formas de consumo, podem ser colhidos já bem desenvolvidos. O tamanho adequado dos frutos para a colheita varia entre 3 cm e 7 cm de comprimento.

MANDIOQUINHA

As informaões a seguir Valdemir Mota de Menezes obteve no site:




Mandioquinhas
Mandioquinhas - imagem original: hortas.info - Licença Creative Commons
A mandioquinha (Arracacia xanthorrhiza), também chamada de mandioquinha-salsa, batata-baroa, baroa e batata-salsa, é uma planta nativa dos Andes que atinge até 1 m de altura.

Clima

A mandioquinha necessita de clima ameno, com temperaturas entre 15°C e 18°C para se desenvolver bem, mas pode tolerar temperaturas um pouco mais altas ou um pouco mais baixas. Embora seja possível cultivá-la em baixa altitude, a mandioquinha cresce melhor entre 1700 m e 2500 m de altitude.

Luminosidade

A mandioquinha pode ser cultivada em pleno sol ou em sombra parcial.
Planta da Mandioquinha.
A mandioquinha cresce melhor em altitudes elevadas - imagem original:Trees ForTheFuture - Licença Creative Commons

Solo

A mandioquinha deve ser cultivada em solos férteis, ricos em fósforo, leves, profundos, bem drenados, sem pedras e outros detritos. Solos argilosos pesados e solos compactados não são muito adequados, pois prejudicam o crescimento de suas raízes. O pH ideal do solo situa-se entre 5 e 6, mas pode chegar até 6,8.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, sem que fique encharcado. A planta é sensível à falta de água.

Plantio

O plantio é realizado geralmente através da divisão de plantas adultas saudáveis que tenham produzido bem. As mandioquinhas (as raízes tuberosas) são colhidas, e os rebentos que emergem do solo são usados no plantio. Estes podem ser deixados na água até seu enraizamento, sendo posteriormente plantados.
O plantio também pode ser feito por sementes. No entanto, a taxa de sementes que germinam é bastante baixa, e nem todos os cultivares produzem sementes.
O espaçamento recomendado é de 70 a 80 cm entre as fileiras e 40 cm entre as plantas, podendo variar com a fertilidade do solo, o clima da região e o cultivar utilizado. Para facilitar a colheita, podem ser feitos camalhões para o plantio das mudas.

Tratos culturais

É necessário retirar plantas invasoras que concorrem com a mandioquinha por nutrientes e recursos, pelo menos durante os três primeiros meses de cultivo.
Para aumentar a produtividade, é recomendado que as inflorescências sejam retiradas assim que surgirem.

Colheita

A colheita da mandioquinha pode ocorrer de 7 a 14 meses após o plantio. A colheita deve ser feita quando as folhas começam a amarelar, ou até no máximo um mês depois. Após este período as raízes tendem a ficar fibrosas e a ter um sabor desagradável. Em plantas mais velhas, apenas as raízes mais novas devem ser colhidas.
As folhas jovens podem ser consumidas cruas ou cozidas. As folhas mais velhas e as hastes das folhas (pecíolos) podem ser consumidas depois de cozidas.

GENGIBRE


As informaões a seguir Valdemir Mota de Menezes obteve no site:

Gengibre
Gengibre - imagem original: Thomas Won - Licença Creative Commons
O gengibre Zingiber officinale é uma erva perene que atinge até 1,5 m de altura. Seus rizomas são muito usados para fins medicinais e como especiaria, especialmente na culinária de países asiáticos. Os rizomas são usados frescos, secos, em pó, cristalizados ou em conserva, em pratos doces e salgados. Seu chá é popular como bebida na China, Coreia e alguns outros países. Também é usado em bebidas alcoólicas como o quentão brasileiro e as cervejas de gengibre, e no oriente médio é popular como especiaria no leite ou no café. O gengibre também é frequentemente cultivado em jardins tropicais como planta ornamental.

Planta do gengibre
O gengibre atinge até 1,5 m de altura - imagem original: Damien Boilley - Licença Creative Commons

Clima

O gengibre é uma planta de climas subtropicais e tropicais, podendo ser cultivado na faixa de temperatura indo de 17°C a 35°C. A planta prefere alta umidade relativa do ar. Em climas um pouco mais frios, o gengibre pode ser cultivado nos meses quentes do ano, precisando de proteção nos meses em que há temperaturas mais baixas.

Luminosidade

Cultive em sombra parcial ou com luz solar direta.

Vaso com muda de gengibre
Vaso com muda de gengibre - imagem original:Maja Dumat - Licença Creative Commons

Solo

O solo deve ser bem drenado, leve, fértil e rico em matéria orgânica. O pH ideal do solo está entre 5,5 e 7, mas a planta tolera um pH entre 4,3 e 7,5.

Irrigação

Enquanto a planta está crescendo, irrigue com frequência para que o solo seja mantido sempre úmido, mas nunca encharcado. Quando as folhas começam a amarelar diminua a frequência das irrigações. Se não for feita a colheita, quando a planta estiver dormente suspenda totalmente a irrigação, voltando a irrigar quando os brotos surgirem.

Gengibre com broto
Rizoma de gengibre com broto - imagem original: Maja Dumat - Licença Creative Commons

Plantio

O plantio é feito com pedaços de rizomas (chamados de gomos) de 3 a 5 cm de comprimento. Os gomos ou pedaços de rizoma, com uma ou duas gemas cada, são plantados no local definitivo da plantação a até 5 cm de profundidade, ou em canteiros e vasos, sendo então transplantados depois de um mês, quando as mudas têm aproximadamente 3 cm de altura.
O espaçamento entre as plantas pode ser de 70 a 90 cm entre as linhas de plantio e de 30 a 50 cm entre as plantas, mas muitos usam outros espaçamentos. Diminuir o espaçamento entre as plantas aumenta a produção, mas dificulta a colheita, que geralmente acaba danificando os rizomas. Por outro lado, em lavouras mecanizadas o espaçamento normalmente é maior, e o plantio é feito com linhas duplas no espaçamento de 1,3 m x 50 cm x 20 ou 30 cm.
O gengibre também pode ser cultivado em vasos grandes. Em regiões de inverno frio, o plantio em vasos é o ideal em plantações domésticas, deixando o vaso dentro de casa durante os meses frios do ano.

Tratos culturais

Retire com cuidado as plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos, de forma a não danificar os rizomas do gengibre.
Os rizomas não devem ficar expostos, sendo necessário amontoar terra sobre estes se for verificado que isso está começando a ocorrer. Amontoar terra junto as plantas também pode ajudar a manter as hastes das folhas eretas.

Plantas inteiras do gengibre
Plantas com rizomas - imagem original: Sengai Podhuvan - Licença Creative Commons

Colheita

A colheita do gengibre pode ocorrer de 7 a 12 meses após o plantio, quando as hastes e folhas começam a ficar amareladas. As plantas podem ser arrancadas com cuidado a mão ou a terra pode ser revirada, por exemplo, com forquilhas, para expor os rizomas, que são então lavados e deixados secar por um ou dois dias.
Em plantações domésticas, não é necessário colher a planta inteira. Uma parte do solo pode ser escavada em torno da planta, de forma a expor um pedaço do rizoma. Este é colhido, deixando o resto da planta intacta para continuar seu crescimento. Desta forma a planta pode viver por vários anos, sem necessidade de replantio. Em plantações comerciais o gengibre é cultivado anualmente.

TAIOBA

As informaões a seguir Valdemir Mota de Menezes obteve no site:
http://www.hortas.info/como-plantar

Taioba
Taioba - imagem original: Tauʻolunga - Licença Creative Commons
A taioba (Xanthosoma sagittifolium) é frequentemente confundida com diversas espécies chamadas de taro, nome pelo qual também pode ser conhecida. Também compartilha com estas espécies o nome popular orelha-de-elefante, geralmente mais utilizado quando são cultivadas como plantas ornamentais.
Taioba
Folhas, pecíolos (talos das folhas) e cormos da taioba podem ser consumidos, mas é preciso cuidado para não confundir a taioba com outras plantas de aparência muito semelhante - imagem original: lexfinch - Licença Creative Commons

Clima

A taioba cresce melhor em clima quente e úmido, com temperaturas acima de 20°C. A planta não suporta baixas temperaturas.

Luminosidade

A taioba pode ser cultivada tanto em um local com luz solar direta quanto em um local com sombra parcial.
Taioba
A taioba cresce melhor em fértil e rico em matéria orgânica - imagem original:emilydickinson - Licença Creative Commons

Solo

Cultive em solo bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica. O pH ideal do solo situa-se entre 5,8 e 6,3. Evite solos compactados e solos muito argilosos. A taioba pode, no entanto, suportar bem terrenos sujeitos a encharcamento.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido. Plantas adultas são resistentes à seca, mas não crescem bem se faltar água.

Plantio

O plantio é feito geralmente com pedaços de seu cormo ou com rebentos laterais que surgem próximos ao cormo principal. São plantados de 6 a 10 cm de profundidade, com espaçamento de 1 m a 1,3 m entre as plantas ou de 1 m entre as linhas e 40 a 50 cm entre as plantas.

Tratos culturais

Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos, principalmente nos primeiros meses após o plantio.
Cormos da taioba.
Cormos da taioba (imagem em preto e branco) - imagem original: Jorge Elías - Licença Creative Commons

Colheita

A colheita das folhas pode ser iniciada de 60 a 75 dias depois do plantio. Já a colheita dos cormos da taioba pode ser feita de 7 a 12 meses depois do plantio, dependendo do cultivar e das condições de cultivo. Os cormos devem ser desenterrados com cuidado, procurando evitar ferimentos que podem apressar muito sua deterioração.
A colheita frequente das folhas atrapalha o desenvolvimento do cormo, assim o ideal é plantar com uma só finalidade, a colheita das folhas ou a colheita dos cormos, embora ainda seja possível colher ambos, com menor rendimento da colheita de cormos.
Tanto cormos quanto folhas devem ser cozidos ou assados antes do consumo para eliminar ráfides (cristais de oxalato de cálcio com a forma de agulhas). Na taioba a concentração de ráfides é menor que a presente na maioria dos cultivares de taro (Colocasia esculenta), e suas folhas podem ser bom substituto para o espinafre, podendo ser preparadas geralmente da mesma maneira que este.

Xanthosoma sagittifolium e outras espécies de aparência similar

Distinguir Xanthosoma sagittifolium de algumas outras espécies de aráceas pode ser bastante difícil. Confundir uma espécie com outra pode trazer graves consequências se a planta errada for consumida. Muitas destas espécies são comestíveis, mas o modo de preparo necessário para seu consumo pode variar muito, não só de espécie para espécie, mas de cultivar para cultivar (por exemplo, quando se trata de Colocasia esculenta).

Diferença entre Xanthosoma sagittifolia e Colocasia esculenta:

Ambas têm folhas muito parecidas, que normalmente apontam para baixo, mas uma tem folhas peltadas (Colocasia) e a outra não (Xanthosoma). Em uma folha peltada, o pecíolo não está inserido na borda do limbo, e sim no seu interior. Além disso, os cormos de Alocasia são geralmente arredondados e menores, os de Xanthosoma são geralmente compridos e um pouco maiores. Ao contrário do que algumas pessoas afirmam, a cor dos pecíolos e limbos das folhas não pode ser usada para diferenciar estas plantas.

Diferença entre Xanthosoma sagittifolia e plantas do gênero Alocasia

Geralmente as plantas do gênero Alocasia têm folhas que apontam para o alto ou permanecem próximas a horizontal, enquanto as plantas do gêneroXanthosoma apontam para baixo.
Contudo, podem existir cultivares que são exceções às regras descritas acima, e estas regras podem não se aplicar a outras espécies também muito parecidas com a taioba e o taro, de forma que pode ser bastante difícil distinguir gêneros e espécies. Algumas vezes a distinção entre as diversas espécies só é possível ao analisar as inflorescências. O guia acima não é completo e não é totalmente confiável.
A melhor atitude é não consumir plantas selvagens ou desconhecidas. Inicie o plantio com mudas ou cormos adquiridos de uma fonte confiável.
Não deixe de ler também o artigo como cultivar taro.

ABÓBORA


As informaões a seguir Valdemir Mota de Menezes obteve no site:
http://www.hortas.info/

Abóboras e morangas
Abóboras e morangas - imagem original: Vasenka Photography - Licença Creative Commons

Clima

A abóbora e a moranga são plantas que crescem melhor em clima quente, com temperaturas acima de 18°C. As plantas dificilmente sobrevivem em temperaturas abaixo de 10°C e o plantio em pequenas estufas pode ser inviável, pois geralmente a planta cresce bastante.

Aboboreira jovem
Aboboreira jovem, da espécie Cucurbita maxima - imagem original: Nick Ares - Licença Creative Commons

Luminosidade

As abóboras e morangas podem ser cultivadas em locais ensolarados ou com sombra parcial, desde que haja uma boa luminosidade.

Aboboreira com abóbora
Uma proteção pode ser colocada embaixo da abóbora em crescimento para que o fruto não fique em contato com o solo - imagem original: Nick Ares - Licença Creative Commons

Solo

Cultive em solo bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica e com boa disponibilidade de nitrogênio.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, sem que fique encharcado. Plantas adultas têm raízes profundas e podem ser irrigadas mais esparsamente.
A planta geralmente cresce bastante, assim uma vara pode ser fincada verticalmente no local onde as sementes são plantadas para marcar o centro da futura planta, permitindo direcionar a irrigação e evitar o desperdício de água.

Muda de abóbora
Muda de abóbora - imagem original: 305 Seahill - Licença Creative Commons

Plantio

Plante as sementes de abóbora ou moranga no local definitivo na horta, fazendo covas de 45 cm de profundidade e 60 cm de diâmetro para cultivares cujas plantas tem grande porte, e de 30 cm de profundidade e 50 cm de diâmetro para outros cultivares. A terra retirada de cada cova deve ser adubada com esterco bem curtido, húmus de minhoca ou composto orgânico. Após fechar a cova com a terra já adubada, irrigue e coloque 2 ou 3 sementes a cerca de 2 cm de profundidade.
As sementes também podem ser plantadas em vasos pequenos, saquinhos plásticos ou copinhos de 10 cm de altura e 5 cm de diâmetro feitos com papel jornal. O transplante das mudas de abóbora ou moranga para a horta pode então ser feito quando as mudas têm três folhas definitivas.

Flor masculina da abóbora
Flor masculina da abóbora - imagem original: Till Westermayer - Licença Creative Commons

Flor feminina da abóbora
Flor feminina da abóbora. Note o ovário da flor (a minúscula abóbora na base da flor), que após a polinização se desenvolverá no fruto - imagem original: nociveglia - Licença Creative Commons

Tratos culturais

Uma adubação pode ser feita se as plantas não estão crescendo vigorosamente.
A presença de insetos polinizadores, principalmente abelhas, é necessária para a polinização das flores e a formação dos frutos. Se não houver abelhas e não houver formação de frutos, realize a polinização das flores manualmente com a ajuda de um pequeno pincel de cerdas suaves, lembrando que a planta produz flores que podem ser masculinas, que produzem pólen e não formam frutos, e femininas, que formam os frutos se polinizadas com o pólen das flores masculinas (cada planta têm ambos os gêneros de flores). Cultivares híbridos de abóbora e moranga produzem poucas flores masculinas e não produzem pólen, assim cultivares de abóbora ou moranga devem ser cultivados no mesmo local para que a polinização dos híbridos seja possível.

Abóbora gigante
Há uma enorme variabilidade no tamanho, forma e cores das abóboras e morangas. Aqui uma abóbora gigante pesando aproximadamente 782 Kg (1725 libras) - imagem original:Ann Rafalko - Licença Creative Commons

Colheita

A colheita da abóbora ou da moranga pode começar de 85 a 150 dias depois do plantio, dependendo do cultivar e das condições de cultivo. Colha a abóbora ou a moranga quando o talo do fruto ficar amarelo ou marrom, podendo até chegar a rachar em alguns cultivares. Se a abóbora ou moranga não for consumida em breve, colha o fruto com o maior talo possível. Frutos sem talo podem estragar mais rápido e são menos valorizados quando são utilizados para fins de decoração.
As folhas e flores também podem ser utilizadas como alimento, e as sementes de alguns cultivares são usadas como aperitivo, depois de torradas e salgadas

AMENDOIM -


As informaões a seguir Valdemir Mota de Menezes obteve no site:
http://www.hortas.info/como-plantar-amendoim

Amendoins
Amendoim - imagem original: Eder Fortunato - Licença Creative Commons
O amendoim (Arachis hypogaea) é uma planta da família Fabaceae, como o feijão e a ervilha. Suas vagens, no entanto, se desenvolvem dentro do solo. O pedúnculo floral, após a polinização, curva-se para baixo, continuando a crescer até enterrar o ovário da flor. No solo, as vagens se desenvolvem e amadurecem.
Vagens de amendoim na terra
As vagens do amendoim se desenvolvem dentro do solo - imagem original: Biswarup Ganguly - Licença Creative Commons
Há três principais grupos de cultivares de amendoim:
Grupo Espanhol ou Spanish - cultivares do grupo Espanhol têm plantas que crescem eretas, de colheita precoce, com sementes pequenas e claras, e que têm a maior quantidade de lipídeos. Suas vagens têm duas sementes.
Grupo Valência - cultivares de grupo Valência também têm plantas que crescem eretas, de colheita precoce, mas suas sementes são escuras e suas vagens têm de 3 a 5 sementes.
Grupo Virgínia - cultivares do grupo Virgínia têm plantas muito ramificadas, de crescimento arbustivo ou rasteiro, e de colheita tardia. Apresentam sementes grandes, geralmente com duas sementes por vagem.
Crescimento das vagem de amendoim
Após a polinização da flor, os ovários fecundados terminam de se desenvolver em vagens dentro do solo. Nesta imagem os ovários estão indo para o solo - imagem original: Alain Busser - Licença Creative Commons

Clima

O amendoim pode ser cultivado em regiões que apresentam temperaturas médias entre 20°C e 30°C durante todo o ciclo de cultivo da planta. A planta não suporta baixas temperaturas. Como a chuva prejudica a polinização, o ideal é que o clima permaneça seco durante o período de floração.

Luminosidade

O amendoim necessita de alta luminosidade, com luz solar direta pelo menos algumas horas por dia.
Folhas do amendoim
O amendoim necessita de uma boa disponibilidade de água nos dois primeiros meses de cultivo. Quando a planta está bem desenvolvida, ela é resistente a curtos períodos de seca - imagem original: Yun Huang Yong -Licença Creative Commons

Solo

Cultive de preferência em solo bem drenado, leve, solto, fértil e rico em matéria orgânica. O pH do solo ideal para o cultivo de amendoim situa-se entre 5,5 e 6,5. A planta pode formar em suas raízes uma associação simbiótica com bactérias conhecidas como rizóbios ou rhizobium (gênero Bradyrhizobium), capazes de fixar o nitrogênio do ar no solo como amônia ou nitrato, provendo pelo menos parte do nitrogênio necessário para as plantas.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, sem que fique encharcado. Durante a floração reduza ou suspenda a irrigação para não prejudicar a polinização.
Flor do amendoim
Flor do amendoim - imagem original: H. Zell - Licença Creative Commons

Plantio

As sementes geralmente são plantadas direto no local definitivo. As sementes também podem ser plantadas em pequenos vasos ou copinhos de papel jornal com 10 cm de altura. As mudas são transplantadas quando têm de 10 a 15 cm de altura.
O espaçamento recomendado é de 15 a 30 cm entre as plantas e de 60 a 80 cm entre as linhas de plantio.
O amendoim pode ser cultivado em vasos e outros contêineres, mas estes devem ter um diâmetro mínimo de 50 cm.

Tratos culturais

Mantenha a plantação livre de plantas invasoras que competem com o amendoim por recursos e nutrientes.
Para os cultivares que crescem eretos (grupos espanhol e valência), amontoe terra junto às plantas antes da floração ou assim que surgirem as primeiras flores. Isto facilita a chegada do ovário da flor ao solo e melhora a produtividade.
Colheita de amendoins
A planta do amendoim é puxada da terra quando suas folhas amarelam, e então deve ficar secando por uma ou duas semanas, até que as vagens se soltem da planta com facilidade - imagem original: Mike FernwoodLicença Creative Commons

Colheita

A colheita das vagens pode ser feita de 100 dias a quase seis meses após a semeadura, variando conforme o cultivar plantado e as condições de cultivo.
A colheita do amendoim é realizada quando as folhas das plantas estão amareladas. Retire algumas vagens da terra e verifique se a parte interna da vagem apresenta veios mais escuros, o que indica que estão maduras e prontas para a colheita.
As plantas são arrancadas do solo e deixadas em local protegido da chuva e umidade com as raízes e vagens expostas, para secagem por uma ou duas semanas. Se a colheita for atrasada, ao arrancar a planta, as vagens podem se destacar da planta e ficar no solo. Após a secagem, as vagens se soltam da planta facilmente e podem ser recolhidas e armazenadas em local fresco e seco por vários meses, ou os amendoins podem ser retirados e utilizados.
O fungo Aspergillus flavus pode se desenvolver se a colheita for realizada em condições de alta umidade, se houver demora na secagem ou se o amendoim for armazenado de forma inadequada. Este fungo produz aflotoxinas, que são substâncias tóxicas e altamente carcinogênicas, sendo portanto um sério risco a saúde. Se o amendoim estiver contaminado ou apresentar sinais de bolor, ele não deve ser aproveitado de forma alguma para alimentação humana ou animal.
Amendoins