quarta-feira, 23 de junho de 2010

PUPUNHA


O escriba Valdemir Mota de Menezes e sua filha Valkirya estão colhendo palmito pupunha para comer no almoço.

PALMITO






A pupunha é uma palmeira nativa da região Amazônica e que é consumida na forma de frutos e de palmito, desde épocas pré-colombianas. É uma palmeira de clima tropical, de rápido crescimento e que, quando adulta, pode atingir mais de 20 metros de altura em poucos anos. Por essa razão, é usada também como uma palmeira ornamental.
Nos últimos anos, a importância dessa palmeira cresceu consideravelmente em nosso país, por ser uma excelente alternativa de cultivo para a agricultura.
O consumo dos frutos da pupunheira, cozidos em água e sal, é tradicional na região Amazônica, embora a produção venha de plantas nativas, mas suficientes para atender à demanda local. A partir dos anos 90, nos estados da região Sudeste e Centro-Oeste, teve início o interesse, por parte dos agricultores, no cultivo da pupunha, não para a produção de frutos, mas sim para fornecer palmito. O palmito é formado na parte apical as plantas, pelas raquis das folhas jovens. É uma iguaria valiosa, de grande aceitação no mercado, onde consegue preços elevados.









Palmeiras que produzem palmito
Atualmente, 95% do palmito produzido é cortado do Açaizero,outra palmeira nativa da Amazônia tropical, sobretudo na região do estuário do Rio Amazonas. Antes da década de 70, entretanto, o palmito era cortado de uma outra palmeira, a Juçara, nativa da Mata Atlântica. O corte indiscriminado de palmeiras nativas, leva, invariavelmente, ao decréscimo das populações naturais. Com o passar do tempo, palmeiras que ainda não florescem são cortadas. Nesse momento, o risco de extinção aparece, como já ocorreu com a Juçara e deve ocorrer, em breve, com o Açaí. É por essa razão que algumas pessoas começaram a pensar em outras palmeiras que pudessem produzir, de forma econômica e ecológica, palmito em escala industrial. Os especialistas em palmeiras chegaram à conclusão de que a palmeira que reunia maior número de pontos favoráveis era a pupunha.
As vantagens de se produzir palmito de pupunha
As principais vantagens para o plantio da pupunha, visando a produção de palmito, são:
a.precocidade: o primeiro corte ocorre entre 18 a 24 meses após o plantio no campo;
b.perfilhamento: a pupunha apresenta brotações de novas plantas, junto à planta mãe, permitindo que se possa repetir os cortes nos anos seguintes, sem necessidade de replantio da área.
c.qualidade do palmito: o palmito de pupunha tem um comprimento ao redor de 40 cm e diâmetro de 1,5 - 4 cm e é muito macio e saboroso, não tendo problemas de aceitação pelo mercado;
d.lucratividade: adequadamente plantado, um hectare produz entre 5.000 a 12.000 palmitos por ano, dependendo do número de perfilhos que se deixa após o corte da planta mãe e do diâmetro do palmito que se produz;
e.segurança para o produtor: o palmito não estraga, já que o agricultor pode deixá-lo no pé ou, então, envasá-lo, guardando os vidros e realizando as vendas quando achar conveniente. Não é como outros produtos, como hortaliças e frutas em geral, que amadurecem e precisam ser colhidos e que, quando colhidos, devem ser rapidamente vendidos e consumidos.
f.vantagens ecológicas: a pupunha deve ser produzida em cultura a pleno sol, em áreas agrícolas tradicionais, de forma que se passa a produzir palmito de excelente qualidade sem nenhum dano às florestas nativas. essa é uma característica d grande apelo comercial, sobretudo para exploração do palmito, como um produto ecológico.
Condições para se produzir palmito de pupunha
O cultivo da pupunha para produção de palmito apresenta também, alguns requisitos básicos. Como trata-se de uma planta da floresta tropical, ela é muito exigente em água. Para regiões com mais do que dois meses seguidos de déficit hídrico, é necessária a irrigação. Entretanto, mais do que a quantidade de água, é importante a sua distribuição ao longo do ano. Pela nossa experiência, são necessários no mínimo 1300 - 1400 mm de água, bm distribuídos ao longo do ano, para que as plantas cresçam sem problemas. Outra limitação importante é atitude do local, que não deve ser superior a 850 m, provavelmente influenciada, em grande parte, pelas baixas temperaturas noturnas das regiões mais altas. De maneira geral, a pupunha prefere solos mais arenosos e friáveis do que aqueles solos pesados e muito argilosos. Embora exigente em água, a pupunheira não vai bem em solos encharcados, exigindo local com boa drenagem.










Plantio da cultura no campo
Deve-se evitar fazer o transplantio definitivo para o campo de mudas novas. O ideal é que elas tenham seis folhas e cerca de 40 cm de altura. O transplante deve ser efetuado em dias chuvosos ou nublados e com boa umidade no solo. Deve-se evitar aqueles dias claros e quentes, já que as plantas vão sentir mais o transplante. A despeito de todos os cuidados, as plantas sentem o transplante para o campo, ficando com as folhas amareladas e sentidas. Por cerca de seis meses elas praticamente quase não crescem. é importante que o agricultor saiba disso para que não desanime. É assim mesmo; e, passado esse período, elas começam a crescer lentamente. Mas o grande crescimento ocorre após os 10 - 12 meses do plantio no campo.
Quando se planta alguma cultura intercalar, nas entre linhas, o estabelecimento inicial da pupunha é melhor. Parece que, quando se planta apenas a pupunha, ocorre maior incidencia de doenças foliares e morte de plantas, sobretudo nos meses de abril a setembro, no planalto de são Paulo. Isso pode ser por causa da presença de ventos frios que prejudicam as plantas e aumentam a perda de água. Uma linha intercalar ajuda a fornecer um certo sombreamento inicial e protege as plantas de pupunha dos ventos.
Deve-se dar preferência por alguma leguminosa, como crotalária, feijão de porco, ou mesmo outras culturas. Entretanto, essa é uma questão delicada, que exige orientação técnica.









Espaçamento da cultura
O espaçamento entre as plantas no campo varia ao redor de 2 m x 1 m. Esse espaçamento, comporta 5.000 plantas por hectare e é o que garante maior profundidade de espaçamento. Mas outros espaçamentos também podem ser utilizados. Por exemplo: 2 m x 1,25 m, o que corresponde a 4.000 plantas/ha. Com esse espaçamento, embora haja uma menor produção de palmito, o retorno do investimento do plantio é mais rápido e o lucro líquido é, praticamente, equivalente ao que se consegue com 5.000 plantas/ha (uma diferença inferior a 5%). Há, ainda, outras alternativas, as quais podem ser viáveis para os pequenos produtores. Por exemplo: utilizando espaçamento de 3 m entre linhas de 1 m dentro da linha. No meio da entrelinha foi plantado maracujá, ou a pupunha foi plantada com a cultura de maracujá em produção. Nesse caso, há a possibilidade de se obter até duas safras de maracujá, antes do primeiro corte do palmito, o que é vital para o pequeno produtor rural, que não fica entre 18 a 24 meses sem nenhuma renda na área e tendo que arcar com todos os custos de implantação e custeio da cultura nesse período.
ESPAÇAMENTO
PLANTAS/HECTARE
1,5 x 1,5 m
4.445
2,0 x 1,5 m
3.333
2,0 x 1,25 m
4.000
2,0 x 1,0 m
5.000
2,5 x 1,0 m
4.000
3,0 x 1,0 m
3.333
Cuidados antes do plantio
Antes do plantio no campo, o agricultor deve tomar alguns cuidados: limpar completamente a área da presença de matos, corrigir o solo com calcário e realizar uma adubação com fósforo. A pupunha não suporta competição com mato, sobretudo braquiária. Em áreas de pastagens, é recomendável que se faça uma série de gradagens, seguida de uma cultura anual, com soja, por exemplo, para um perfeito controle da braquiária, usando-se herbicidas. Para o plantio da pupunha, deve-se, previamente, fazer uma calagem, elevando-se o pH para 5,0 - 5,5 e a saturação de bases para 60%. antes do plantio, deve-se, na medida do possível, aplicar, nas covas, matéria orgânica.










Adubação
Após o pegamento das mudas, deve-se dar início às adubações com nitrogênio e potássio, em cobertura. Uma adubação razoável seria entre 300 a 400 g/planta de 20-5-20, fracionada o maoir número de vezes possível. Quando se faz irrigação, deve-se realizar adubação em cobertura a cada mês, aplicando-se entre 30 a 40 g/planta. As plantas de pupunha também necessitam do fornecimento de cálcio, magnésio, enxofre e boro.
O sistema radicular da planta da pupunha, no ponto do corte, é bastante superficial: mais de 80% das raízes ficam em torno de 40 cm da planta e até uma profundidade de 40 cm. Por essa razão é que ela não suporta a competição com mato, sobretudo gramíneas.
Uma solução, durante o primeiro ano da cultura no campo, é manter, na entre-linha, alguma leuminosa não trepadora. Além de se evitar o mato e a erosão na terra nua, ganha-se a incorporação de nitrogênio pela leguminosa.
O corte do palmito
O corte das plantas deve ser realizado quando elas atingem um diâmetro, perto do solo, entre 9 a 15 cm. De início, deve-se cortar algumas plantas para que se aprenda onde fica, exatamente, o palmito. O primeiro corte é o menos produtivo: corta-se apenas a planta mãe e o palmito tende a ser mais curto e de forma um pouco cônica. A partir do ano seguinte é que a cultura vai mostrar todo o seu potencial produtivo, quando se cortam os perfilhos. A partir do primeiro corte (18 - 24 meses), entra-se numa fase de cortes sucessivos e anuais. O número de palmitos a serem cortados, por planta/ano, varia de 1 a 3, em função do número de perfilhos que se deixa para o ano seguinte e do diâmetro do corte. Essa é uma decisão que cada produtor tem que tomar em função do mercado que ele pretende atingir. Antes do corte do palmito, os perfilhos devem ser preparados, eliminando-se os mais fracos e cortando-se as folhas daqueles que vão permanecer. O corte das folhas dos perfilhos diminui o stress causado pelo sol a apressa o seu crescimento. Numa lavoura bem cuidada, que não sofra a falta de água e que seja adequadamente adubada, praticamente não aparecem doenças. Geralmente, as doenças são um sinal de desiquilíbrio nutricional, causado pela falta de adubação ou pela deficiência hídrica que impede a absorção dos nutrientes.
Viabilidade econômica
A cultura da pupunha apresenta uma excelente viabilidade econômica. Entretanto, o custo de implantaçào é elevado, situando-se ao redor de R$ 4.000,00 por hectare. O custeio anual varia de R$ 500,00 a R$800,00 por hectare, incluindo: controle de mato, adubos e corretivos, energia e mão-de-obra para corte e transporte dos palmitos.
Insumos para 1 ha de pupunha
Pré-Plantio:
- Calagem: pH 5,0 - 5,5
- Saturação de Bases: 60%
- Fofatagem: 100g a 200g por planta
0,2 Kg x 5.000 PL = 1.000 Kg de SS
- Herbicida: quatro a seis litros (função do mato)
Plantio - Primeiro Ano:
- Adubação: 30g/PL. Mês de 20-5-20 + Micro + Ca + Mg + S
0,03 Kg x 12 meses x 5.000 PL = 1.800 Kg
- Herbicidas: 8-12 litros/ano
Plantio - Segundo Ano:
- Adubação: 1.800 Kg de fórmula
- Fósforo: 1.000 Kg
- Herbicidas: 2 a 6 litros/ano

domingo, 13 de junho de 2010

CAFÉ

Os dados abaixo foram extraídos do site da EMBRAPA:

Formação de mudas por sementes
As sementes para formação de mudas, podem ser adquiridas junto aos órgãos oficiais, cujas linhagens ou cultivares são adaptadas, apresentam elevado padrão genético e fitossanitário, ou diretamente em lavouras locais, onde deverão ser coletadas preferencialmente em plantas que apresentem boas características vegetativas e produtivas, observadas ao longo de, pelo menos, quatro ciclos de produção.
• O tipo de muda é determinado pela época em que se realiza sua semeadura, podendo ser muda de meio ano, quando o semeio é realizado de maio a junho e o plantio em janeiro; e muda de ano quando o semeio é realizado em setembro a outubro e o plantio no período chuvoso do ano seguinte. Observar o espaçamento recomendado, procurando manter a linha correta das plantas, evitando o desalinhamento;
• Quando a muda for colocada na cova, fazer pressão lateral da terra junto ao bloco de raiz da muda;
• Após o pegamento das mudas cerca de 30 dias, aplicar por cobertura 2g de nitrogênio por muda, com repetição mensal;
• Caso seja necessário, fazer pulverizações com micronutrientes juntamente com espalhante adesivo a cada 60 dias;
• Nessas pulverizações associar aplicações de fungicidas e inseticidas para respectivo controle de doenças e pragas;
• Cerca de 30 dias após o plantio iniciar o replantio das falhas, substituindo mudas mortas, defeituosas e fracas;
• O replantio pode ter continuação no ano seguinte, conforme a intensidade e posição de ocorrências das falhas;
















Ao surgirem grande número de brotações, realizar a prática da desbrota, deixando a quantidade de hastes programada.s
As mudas podem ser feitas em sacos de polietileno, cujas dimensões para mudas de meio ano são de 11cm de largura, 20 cm de altura, 0,006cm de espessura e 7cm de diâmetro ou em tubetes de polietileno rígido.
Para o preparo de 1 m3 de substrato pode-se utilizar a seguinte composição:
800l de terra de mata ou barranco;
200l de esterco de curral curtido;
5kg de superfosfato simples;
1kg de cloreto de potássio;
2kg de calcário dolomítico.
A semeadura mais recomendável é aquela realizada de forma direta na sacola. Antes de se realizar a semeadura, deve-se deixar as sementes umedecidas, acondicionadas num saco de estopa dentro da água por 2 dias para prévia embebição. A semeadura deve ser direta consistindo da colocação de 2 sementes no centro de cada sacola a uma profundidade de 1 cm. Em seguida devem ser cobertas por uma fina camada de palha seca. Para cálculo da mão-de-obra, um homem pode fazer a semeadura direta em 2.200 sacolas por dia.
Como modelo de cálculo no planejamento para produção de mudas, tem-se à seguir um exercício como se determina as quantidades necessárias de mudas, sementes, sacolas e substrato para se efetuar um plantio de 20.000 covas de café.
• Mudas (plantio de 1 muda/cova com taxa de 10% de replantio)
20.000 covas x 1 muda/cova = 20.000 mudas
20.000 mudas + 10% replantio = 20.000 + 2.000 = 22.000 mudas
• Sementes (1kg de sementes = 4.000 sementes, semeando 2 sementes/ sacola)
1kg = 4.000 sementes ÷ 2sementes/sacola = 2.000 mudas
22.000 mudas ÷ 2.000 mudas = 11kg sementes
• Sacolas (mudas de meio ano com 10% de reserva de sacolas)
22.000 sacolas + 10% reserva = 22.000 + 2.200 = 24.200 sacolas
• Substrato (em média 1m3 de substrato enche 1.200 sacolas)
1.200 sacolas  1m3 substrato
24.200 sacolas ÷ 1.200  20m3 substrato
Na condução das mudas no viveiro deve-se estar atento para a execução das seguintes práticas culturais: irrigação, escarificação, desbaste, controle de ervas daninhas, controle de pragas e doenças, adubação (caso as mudas não apresentem um bom desenvolvimento, deve-se fazer de 3 a 4 aplicações de adubação nitrogenada a partir do segundo par de folhas, através da água de irrigação, utilizando 20g de sulfato de amônio ou 20g da fórmula 20-00-20 ou 10g de uréia, dissolvido em 10 l de água num regador) e aclimatação.
O custo de produção de 1.000 mudas de café é de aproximadamente R$ 60,00.
Formação de mudas por estacas
Embora a propagação por sementes seja a mais comum na cafeicultura, a técnica da clonagem (propagação vegetativa) tem sido bastante utilizada no café Robusta, que tem apresentado índice de enraizamento acima de 90%, sendo superior ao do café Arábica.












A propagação por estacas garante a transmissão das características desejáveis da planta mãe, eleva o nível de produtividade da lavoura, uniformiza as plantas e a maturação, possibilita escalonar a colheita, melhora o tamanho e a qualidade dos frutos, reduz a brotação de ramos ladrões, estimula a formação de ramos produtivos, proporciona maior resistência a doenças e ainda permite a produção de mudas durante todo ano, manejo (Paulino et al, 1985).
Inicialmente, as plantas matrizes são selecionadas e conduzidas de modo a aumentarem a brotação. Dessas plantas são retirados os ramos ortotrópicos ou ramos ladrões, que crescem na vertical, saindo do caule e das hastes principais, os quais fornecerão as estacas para a formação das mudas.
O jardim clonal é uma lavoura formada com mudas clonais oriundas de estacas de matrizes selecionadas, com o objetivo de produzir estacas para propagação de um grande número de mudas clonais. Sua implantação será constituída de uma planta por cova, com um mínimo de 30 plantas matrizes ou 30 diferentes genótipos, possibilitando uma boa variabilidade genética que garantirá uma maior capacidade de combinação



Espaçamentos
No caso das cultivares de robusta, o sistema de condução pode ser realizado com uma haste ou com várias hastes ortotrópicas. Na condução multicaule, as plantas são conduzidas para atingirem o número de hastes determinadas em função do seu espaçamento e vigor, procurando-se manter uma média em torno de 10.000 a 12.000 hastes por hectare. Os espaçamentos recomendáveis para a cultivar Conilon poderão variar de 3,5 a 4,0 m nas entrelinhas e de 1,0 a 1,5 m nas linhas com 1 planta por cova, sendo conduzidas em média 4 a 8 hastes verticais por planta. Para outras cultivares Robustas poderão ser utilizados espaçamento de 4,5 m nas entrelinhas com variação de 1,5 a 3,0 m na linha, tendo respectivamente para 1 planta por cova de 5 a 6 hastes verticais e para 2 plantas por cova de 10 a 12 hastes verticais, equivalendo para ambos espaçamentos e densidades média de 8.000 hastes verticais por hectare.
No sistema monocaule, poderão ser utilizados espaçamentos de 3,0 a 4,0 m nas entrelinhas com 1,0 m na linha, permitindo melhor disposição das plantas com copas mais uniforme.
Implantação das mudas
Nas áreas com tocos, bastante inclinadas e de pequenos plantios, se faz o coveamento, consistindo da abertura manual de covas com enxadão, cujas dimensões de comprimento, largura e profundidade das covas fiquem em torno de 40 cm. Já o sulcamento pode ser efetuado através da utilização de um arado de tração animal, com duas a três passadas formando o sulco, que após a marcação das covas, se faz o complemento com o uso do enxadão para alargamento do fundo da cova.
Para o caso de áreas destocadas, planas a onduladas e de grandes plantios, pode ser realizado tanto o coveamento mecanizado através do uso da broca, adotando-se as dimensões citadas para covas aberta, manualmente, bem como o sulcamento mecanizado com uso do sulcador, fazendo sua abertura e profundidade com cerca de 50 cm de tamanho.








O plantio das mudas de café Robusta deve ser feito no início do período chuvoso, observando-se as seguintes medidas (Mendes & Guimarães, 1997),:
• As mudas deverão ter de 4 a 6 pares de folhas definitivas, evitando mudas muito novas ou passadas;
• Antes de retirar as mudas do viveiro, deve-se aclimatá-las 30 dias a pleno sol, com diminuição das regas neste período;
• Fazer aplicação preventiva de fungicida Benomyl e/ou Oxicloreto de Cobre no combate a cercosporiose após plantio;
• No momento da retirada das mudas do viveiro, as mesmas devem ter sido regadas com abundância;
• Transportar as mudas em caixas plásticas apropriadas, evitando o destorroamento e danos na parte aérea;
• Procurar descarregar as mudas o mais próximo possível dos talhões de plantio, evitando movimentos excessivos;
• Abrir as covas e sulcos com bastante antecedência, tendo dimensões corretas e adubações recomendadas;
• Cortar o saquinho no sentido da altura da muda e retirá-lo sem desfazer o torrão da raiz;
• Caso a raiz tenha crescido bastante, efetuar sua poda com corte transversal de 1 cm de espessura de fundo da sacola;
• Colocar a muda em posição vertical na cova ao nível ou um pouco abaixo do solo, segurando o torrão com as duas mãos;
• Evitar plantio muito raso que resultam em tombamento da muda e plantio muito fundo que causam seu afogamento;
• Observar o espaçamento recomendado, procurando manter a linha correta das plantas, evitando o desalinhamento;
• Quando a muda for colocada na cova, fazer pressão lateral da terra junto ao bloco de raiz da muda;
• Após o pegamento das mudas cerca de 30 dias, aplicar por cobertura 2g de nitrogênio por muda, com repetição mensal;
• Caso seja necessário, fazer pulverizações com micronutrientes juntamente com espalhante adesivo a cada 60 dias;
• Nessas pulverizações associar aplicações de fungicidas e inseticidas para respectivo controle de doenças e pragas;
• Cerca de 30 dias após o plantio iniciar o replantio das falhas, substituindo mudas mortas, defeituosas e fracas;
• O replantio pode ter continuação no ano seguinte, conforme a intensidade e posição de ocorrências das falhas;
Ao surgirem grande número de brotações, realizar a prática da desbrota, deixando a quantidade de hastes programada.