domingo, 13 de junho de 2010

CAFÉ

Os dados abaixo foram extraídos do site da EMBRAPA:

Formação de mudas por sementes
As sementes para formação de mudas, podem ser adquiridas junto aos órgãos oficiais, cujas linhagens ou cultivares são adaptadas, apresentam elevado padrão genético e fitossanitário, ou diretamente em lavouras locais, onde deverão ser coletadas preferencialmente em plantas que apresentem boas características vegetativas e produtivas, observadas ao longo de, pelo menos, quatro ciclos de produção.
• O tipo de muda é determinado pela época em que se realiza sua semeadura, podendo ser muda de meio ano, quando o semeio é realizado de maio a junho e o plantio em janeiro; e muda de ano quando o semeio é realizado em setembro a outubro e o plantio no período chuvoso do ano seguinte. Observar o espaçamento recomendado, procurando manter a linha correta das plantas, evitando o desalinhamento;
• Quando a muda for colocada na cova, fazer pressão lateral da terra junto ao bloco de raiz da muda;
• Após o pegamento das mudas cerca de 30 dias, aplicar por cobertura 2g de nitrogênio por muda, com repetição mensal;
• Caso seja necessário, fazer pulverizações com micronutrientes juntamente com espalhante adesivo a cada 60 dias;
• Nessas pulverizações associar aplicações de fungicidas e inseticidas para respectivo controle de doenças e pragas;
• Cerca de 30 dias após o plantio iniciar o replantio das falhas, substituindo mudas mortas, defeituosas e fracas;
• O replantio pode ter continuação no ano seguinte, conforme a intensidade e posição de ocorrências das falhas;
















Ao surgirem grande número de brotações, realizar a prática da desbrota, deixando a quantidade de hastes programada.s
As mudas podem ser feitas em sacos de polietileno, cujas dimensões para mudas de meio ano são de 11cm de largura, 20 cm de altura, 0,006cm de espessura e 7cm de diâmetro ou em tubetes de polietileno rígido.
Para o preparo de 1 m3 de substrato pode-se utilizar a seguinte composição:
800l de terra de mata ou barranco;
200l de esterco de curral curtido;
5kg de superfosfato simples;
1kg de cloreto de potássio;
2kg de calcário dolomítico.
A semeadura mais recomendável é aquela realizada de forma direta na sacola. Antes de se realizar a semeadura, deve-se deixar as sementes umedecidas, acondicionadas num saco de estopa dentro da água por 2 dias para prévia embebição. A semeadura deve ser direta consistindo da colocação de 2 sementes no centro de cada sacola a uma profundidade de 1 cm. Em seguida devem ser cobertas por uma fina camada de palha seca. Para cálculo da mão-de-obra, um homem pode fazer a semeadura direta em 2.200 sacolas por dia.
Como modelo de cálculo no planejamento para produção de mudas, tem-se à seguir um exercício como se determina as quantidades necessárias de mudas, sementes, sacolas e substrato para se efetuar um plantio de 20.000 covas de café.
• Mudas (plantio de 1 muda/cova com taxa de 10% de replantio)
20.000 covas x 1 muda/cova = 20.000 mudas
20.000 mudas + 10% replantio = 20.000 + 2.000 = 22.000 mudas
• Sementes (1kg de sementes = 4.000 sementes, semeando 2 sementes/ sacola)
1kg = 4.000 sementes ÷ 2sementes/sacola = 2.000 mudas
22.000 mudas ÷ 2.000 mudas = 11kg sementes
• Sacolas (mudas de meio ano com 10% de reserva de sacolas)
22.000 sacolas + 10% reserva = 22.000 + 2.200 = 24.200 sacolas
• Substrato (em média 1m3 de substrato enche 1.200 sacolas)
1.200 sacolas  1m3 substrato
24.200 sacolas ÷ 1.200  20m3 substrato
Na condução das mudas no viveiro deve-se estar atento para a execução das seguintes práticas culturais: irrigação, escarificação, desbaste, controle de ervas daninhas, controle de pragas e doenças, adubação (caso as mudas não apresentem um bom desenvolvimento, deve-se fazer de 3 a 4 aplicações de adubação nitrogenada a partir do segundo par de folhas, através da água de irrigação, utilizando 20g de sulfato de amônio ou 20g da fórmula 20-00-20 ou 10g de uréia, dissolvido em 10 l de água num regador) e aclimatação.
O custo de produção de 1.000 mudas de café é de aproximadamente R$ 60,00.
Formação de mudas por estacas
Embora a propagação por sementes seja a mais comum na cafeicultura, a técnica da clonagem (propagação vegetativa) tem sido bastante utilizada no café Robusta, que tem apresentado índice de enraizamento acima de 90%, sendo superior ao do café Arábica.












A propagação por estacas garante a transmissão das características desejáveis da planta mãe, eleva o nível de produtividade da lavoura, uniformiza as plantas e a maturação, possibilita escalonar a colheita, melhora o tamanho e a qualidade dos frutos, reduz a brotação de ramos ladrões, estimula a formação de ramos produtivos, proporciona maior resistência a doenças e ainda permite a produção de mudas durante todo ano, manejo (Paulino et al, 1985).
Inicialmente, as plantas matrizes são selecionadas e conduzidas de modo a aumentarem a brotação. Dessas plantas são retirados os ramos ortotrópicos ou ramos ladrões, que crescem na vertical, saindo do caule e das hastes principais, os quais fornecerão as estacas para a formação das mudas.
O jardim clonal é uma lavoura formada com mudas clonais oriundas de estacas de matrizes selecionadas, com o objetivo de produzir estacas para propagação de um grande número de mudas clonais. Sua implantação será constituída de uma planta por cova, com um mínimo de 30 plantas matrizes ou 30 diferentes genótipos, possibilitando uma boa variabilidade genética que garantirá uma maior capacidade de combinação



Espaçamentos
No caso das cultivares de robusta, o sistema de condução pode ser realizado com uma haste ou com várias hastes ortotrópicas. Na condução multicaule, as plantas são conduzidas para atingirem o número de hastes determinadas em função do seu espaçamento e vigor, procurando-se manter uma média em torno de 10.000 a 12.000 hastes por hectare. Os espaçamentos recomendáveis para a cultivar Conilon poderão variar de 3,5 a 4,0 m nas entrelinhas e de 1,0 a 1,5 m nas linhas com 1 planta por cova, sendo conduzidas em média 4 a 8 hastes verticais por planta. Para outras cultivares Robustas poderão ser utilizados espaçamento de 4,5 m nas entrelinhas com variação de 1,5 a 3,0 m na linha, tendo respectivamente para 1 planta por cova de 5 a 6 hastes verticais e para 2 plantas por cova de 10 a 12 hastes verticais, equivalendo para ambos espaçamentos e densidades média de 8.000 hastes verticais por hectare.
No sistema monocaule, poderão ser utilizados espaçamentos de 3,0 a 4,0 m nas entrelinhas com 1,0 m na linha, permitindo melhor disposição das plantas com copas mais uniforme.
Implantação das mudas
Nas áreas com tocos, bastante inclinadas e de pequenos plantios, se faz o coveamento, consistindo da abertura manual de covas com enxadão, cujas dimensões de comprimento, largura e profundidade das covas fiquem em torno de 40 cm. Já o sulcamento pode ser efetuado através da utilização de um arado de tração animal, com duas a três passadas formando o sulco, que após a marcação das covas, se faz o complemento com o uso do enxadão para alargamento do fundo da cova.
Para o caso de áreas destocadas, planas a onduladas e de grandes plantios, pode ser realizado tanto o coveamento mecanizado através do uso da broca, adotando-se as dimensões citadas para covas aberta, manualmente, bem como o sulcamento mecanizado com uso do sulcador, fazendo sua abertura e profundidade com cerca de 50 cm de tamanho.








O plantio das mudas de café Robusta deve ser feito no início do período chuvoso, observando-se as seguintes medidas (Mendes & Guimarães, 1997),:
• As mudas deverão ter de 4 a 6 pares de folhas definitivas, evitando mudas muito novas ou passadas;
• Antes de retirar as mudas do viveiro, deve-se aclimatá-las 30 dias a pleno sol, com diminuição das regas neste período;
• Fazer aplicação preventiva de fungicida Benomyl e/ou Oxicloreto de Cobre no combate a cercosporiose após plantio;
• No momento da retirada das mudas do viveiro, as mesmas devem ter sido regadas com abundância;
• Transportar as mudas em caixas plásticas apropriadas, evitando o destorroamento e danos na parte aérea;
• Procurar descarregar as mudas o mais próximo possível dos talhões de plantio, evitando movimentos excessivos;
• Abrir as covas e sulcos com bastante antecedência, tendo dimensões corretas e adubações recomendadas;
• Cortar o saquinho no sentido da altura da muda e retirá-lo sem desfazer o torrão da raiz;
• Caso a raiz tenha crescido bastante, efetuar sua poda com corte transversal de 1 cm de espessura de fundo da sacola;
• Colocar a muda em posição vertical na cova ao nível ou um pouco abaixo do solo, segurando o torrão com as duas mãos;
• Evitar plantio muito raso que resultam em tombamento da muda e plantio muito fundo que causam seu afogamento;
• Observar o espaçamento recomendado, procurando manter a linha correta das plantas, evitando o desalinhamento;
• Quando a muda for colocada na cova, fazer pressão lateral da terra junto ao bloco de raiz da muda;
• Após o pegamento das mudas cerca de 30 dias, aplicar por cobertura 2g de nitrogênio por muda, com repetição mensal;
• Caso seja necessário, fazer pulverizações com micronutrientes juntamente com espalhante adesivo a cada 60 dias;
• Nessas pulverizações associar aplicações de fungicidas e inseticidas para respectivo controle de doenças e pragas;
• Cerca de 30 dias após o plantio iniciar o replantio das falhas, substituindo mudas mortas, defeituosas e fracas;
• O replantio pode ter continuação no ano seguinte, conforme a intensidade e posição de ocorrências das falhas;
Ao surgirem grande número de brotações, realizar a prática da desbrota, deixando a quantidade de hastes programada.

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