A taioba (Xanthosoma sagittifolium) é frequentemente confundida com diversas espécies chamadas de taro, nome pelo qual também pode ser conhecida. Também compartilha com estas espécies o nome popular orelha-de-elefante, geralmente mais utilizado quando são cultivadas como plantas ornamentais.
Clima
A taioba cresce melhor em clima quente e úmido, com temperaturas acima de 20°C. A planta não suporta baixas temperaturas.
Luminosidade
A taioba pode ser cultivada tanto em um local com luz solar direta quanto em um local com sombra parcial.
Solo
Cultive em solo bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica. O pH ideal do solo situa-se entre 5,8 e 6,3. Evite solos compactados e solos muito argilosos. A taioba pode, no entanto, suportar bem terrenos sujeitos a encharcamento.
Irrigação
Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido. Plantas adultas são resistentes à seca, mas não crescem bem se faltar água.
Plantio
O plantio é feito geralmente com pedaços de seu cormo ou com rebentos laterais que surgem próximos ao cormo principal. São plantados de 6 a 10 cm de profundidade, com espaçamento de 1 m a 1,3 m entre as plantas ou de 1 m entre as linhas e 40 a 50 cm entre as plantas.
Tratos culturais
Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos, principalmente nos primeiros meses após o plantio.
Colheita
A colheita das folhas pode ser iniciada de 60 a 75 dias depois do plantio. Já a colheita dos cormos da taioba pode ser feita de 7 a 12 meses depois do plantio, dependendo do cultivar e das condições de cultivo. Os cormos devem ser desenterrados com cuidado, procurando evitar ferimentos que podem apressar muito sua deterioração.
A colheita frequente das folhas atrapalha o desenvolvimento do cormo, assim o ideal é plantar com uma só finalidade, a colheita das folhas ou a colheita dos cormos, embora ainda seja possível colher ambos, com menor rendimento da colheita de cormos.
Tanto cormos quanto folhas devem ser cozidos ou assados antes do consumo para eliminar ráfides (cristais de oxalato de cálcio com a forma de agulhas). Na taioba a concentração de ráfides é menor que a presente na maioria dos cultivares de taro (Colocasia esculenta), e suas folhas podem ser bom substituto para o espinafre, podendo ser preparadas geralmente da mesma maneira que este.
Xanthosoma sagittifolium e outras espécies de aparência similar
Distinguir Xanthosoma sagittifolium de algumas outras espécies de aráceas pode ser bastante difícil. Confundir uma espécie com outra pode trazer graves consequências se a planta errada for consumida. Muitas destas espécies são comestíveis, mas o modo de preparo necessário para seu consumo pode variar muito, não só de espécie para espécie, mas de cultivar para cultivar (por exemplo, quando se trata de Colocasia esculenta).
Diferença entre Xanthosoma sagittifolia e Colocasia esculenta:
Ambas têm folhas muito parecidas, que normalmente apontam para baixo, mas uma tem folhas peltadas (Colocasia) e a outra não (Xanthosoma). Em uma folha peltada, o pecíolo não está inserido na borda do limbo, e sim no seu interior. Além disso, os cormos de Alocasia são geralmente arredondados e menores, os de Xanthosoma são geralmente compridos e um pouco maiores. Ao contrário do que algumas pessoas afirmam, a cor dos pecíolos e limbos das folhas não pode ser usada para diferenciar estas plantas.
Diferença entre Xanthosoma sagittifolia e plantas do gênero Alocasia
Geralmente as plantas do gênero Alocasia têm folhas que apontam para o alto ou permanecem próximas a horizontal, enquanto as plantas do gêneroXanthosoma apontam para baixo.
Contudo, podem existir cultivares que são exceções às regras descritas acima, e estas regras podem não se aplicar a outras espécies também muito parecidas com a taioba e o taro, de forma que pode ser bastante difícil distinguir gêneros e espécies. Algumas vezes a distinção entre as diversas espécies só é possível ao analisar as inflorescências. O guia acima não é completo e não é totalmente confiável.
A melhor atitude é não consumir plantas selvagens ou desconhecidas. Inicie o plantio com mudas ou cormos adquiridos de uma fonte confiável.
Não deixe de ler também o artigo como cultivar taro.
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