O taro (Colocasia esculenta) é também conhecido como inhame (no sudeste do Brasil e no arquipélago dos Açores), cará (no nordeste do Brasil), orelha-de-elefante, inhame-coco ou inhame-dos-açores.
Há cultivares classificados como "mansos" ou "bravos" de acordo com a concentração de proteases (enzimas) e ráfides (cristais de oxalato de cálcio) na planta. Cultivares mansos tem menor concentração de proteases e ráfides, sendo os mais adequados para uso na alimentação humana. Cultivares bravos tem maior concentração de ráfides e proteases, sendo mais usados como planta ornamental ou na alimentação de animais, após cozimento ou fermentação (silagem).
Ao contrário do que algumas pessoas acreditam, em geral não é possível distinguir cultivares mansos de cultivares bravos pela cor dos pecíolos e limbos das folhas. Há mais de 200 cultivares de taro, parte deles cultivados como alimento e parte como planta ornamental.
Clima
O taro (Colocasia esculenta) cresce melhor em clima quente e úmido, sendo que a temperatura ideal para o cultivo é de 25°C a 35°C. A planta não suporta baixas temperaturas.
Luminosidade
O taro pode ser cultivado em locais ensolarados ou em sombra parcial.
Solo
Cultive em solo bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica, com pH entre 5,5 e 6,5. Evite solos compactados e solos muito argilosos.
Alguns cultivares de taro da subespécie Colocasia esculenta var. esculenta são cultivados em locais inundados com água corrente ou na margem de cursos de água. Locais de água estagnada não são adequados, pois os cormos podem apodrecer mais facilmente nestas condições.
Irrigação
Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido. Plantas adultas são resistentes à seca, mas não crescem se faltar água.
Plantio
O plantio é feito geralmente com rebentos, pequenos cormos laterais que surgem próximos ao principal, que também pode ser utilizado para o plantio, inteiro ou cortado em pedaços grandes. São plantados de 6 a 10 cm de profundidade, com espaçamento de 70 cm a 1 m entre as plantas ou de 1 m entre as linhas e 20 a 30 cm entre as plantas, de acordo com o tamanho do cultivar e as condições locais de cultivo.
Comece a plantação a partir de rebentos, cormos ou mudas de cultivares de boa qualidade, obtidos a partir de produtores confiáveis ou de institutos de pesquisa agronômica. Não use plantas selvagens, pois elas podem ser bastante tóxicas.
Tratos culturais
Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos, principalmente nos três primeiros meses do plantio.
Colheita
A colheita dos cormos do taro pode ser feita de 7 a 9 meses depois do plantio, dependendo do cultivar e das condições de cultivo. Os cormos devem ser desenterrados com cuidado, procurando evitar ferimentos que podem apressar muito sua deterioração.
As folhas e seus pecíolos também são comestíveis depois de cozidas, embora sejam menos utilizadas do que os cormos. E mesmo as inflorescências são usadas como alimento em alguns locais, particularmente no sudeste da Ásia e na Oceania. Tanto as folhas quanto os cormos e as inflorescências devem ser cozidos ou assados (de alguns minutos a muitas horas, dependendo do cultivar) antes do consumo para eliminar proteases (enzimas que degradam proteínas) e ráfides (cristais de oxalato de cálcio com a forma de agulhas). O uso de bicarbonato de sódio ou substâncias ácidas como vinagre, suco de tamarindo ou limão no preparo também ajudam a tornar o taro mais palatável. No entanto, pessoas com problemas renais devem evitar o consumo de taro e outras plantas que contêm oxalato de cálcio. Poucos cultivares têm folhas, pecíolos e inflorescências que podem ser consumidos crus.
A seiva da planta pode causar irritação na pele, olhos e mucosas, assim a colheita deve ser feita com cuidado e com a utilização de luvas.
Outras espécies chamadas de taro
Outras plantas da família Araceae também são chamadas de taro ou orelha-de-elefante, incluindo entre as mais comuns:
Colocasia gigantea - algumas vezes chamada de inhame-gigante, seus cormos não são usados como alimento. São principalmente os talos das folhas (os pecíolos) que são consumidos. Acredita-se que esta planta seja o resultado do cruzamento entre C. esculenta e Alocasia macrorrhizos.
Alocasia macrorrhizos - também chamada de orelha-de-elefante-gigante e de alocasia gigante, suas folhas apontam para o alto ou permanecem quase na horizontal. Comestível somente após um longo período de cozimento.
Cyrtosperma merkusii - praticamente cultivada apenas na Oceania, é plantada em locais inundados. É a maior planta chamada de taro, podendo alcançar 4 ou 5 metros de altura e ter cormos de até 80 Kg, que também são comestíveis somente após um longo período de cozimento.
Xanthosoma sagittifolium - mais conhecida como taioba, tem folhas parecidas com as folhas das plantas dos gêneros Alocasia e Cyrtosperma, mas pode ser distinguida pela posição das suas folhas, que apontam para baixo.
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