terça-feira, 28 de maio de 2013

RENTABILIDADE DA MANDIOCA EM SÃO PAULO

Rentabilidade do cultivo de mandioca atrai agricultores em São Paulo

Lucros com a atividade faz produtores abandonarem a cidade para se dedicar ao plantio da raiz no campo

  • Josy Bittencourt | Capela do Alto (SP)

Leo Munhoz
Foto: Leo Munhoz / clicRBS
Lucros com a produção da raiz atraem cada vez mais pessoas para a atividade
Apesar da queda que vem sendo registrada nos preços da mandioca desde o mês de março, os produtores de São Paulo estão animados com a rentabilidade da cultura. Os bons lucros com atividade têm atraído cada vez mais pessoas para o plantio da raiz. Algumas delas, inclusive, chegam a abandonar o emprego nas grandes cidades para se dedicar à cultura no campo.
O agricultor Elizer Carrial, de Capela do Alto, município próximo a São Paulo, está bastante satisfeito com a produção. Ele e a família estão colhendo uma lavoura com 50 hectares de mandioca. Apesar do preço pago pela caixa ter caído de R$ 10,00 para R$ 8,00 nesta safra, o agricultor afirma que a rentabilidade tem compensado e a produção já foi vendida.
O produtor Jeferson Rodrigues fez o caminho inverso à maioria das pessoas e deixou o emprego em uma madeireira da cidade para plantar mandioca no campo. Com o lucro de uma única safra, comprou o primeiro carro e investiu em cabeças de gado. O agricultor ainda tem planos de ampliar o negócio.
Segundo os produtores, a facilidades da cultura, com a ausência de grandes investimentos, faz com que o cultivo seja atraente. Para a produção da raiz, são necessários apenas um terreno para o plantio da rama e apenas uma adubação. Depois de oito meses, a mandioca está pronta para ser comercializada.

 FONTE
http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/2012/07/rentabilidade-do-cultivo-de-mandioca-atrai-agricultores-em-sao-paulo-3809788.html

COLHEITA E PÓS-COLHEITA DE BANANA



Valdemir Mota de Menezes, leu e gostou desta matéria.



 FONTE:

http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Banana/BananeiraIrrigada/colheita.htm
Colheita





Ponto de colheita
Os critérios de colheita da banana para o mercado interno ainda são baseados em características visuais. O critério mais utilizado é quando se observa o desaparecimento das quinas ou angulosidades da superfície dos frutos. É comum na região nordeste, a colheita do cacho realizada com os frutos apresentando angulosidade visível.
Outro parâmetro de ponto de colheita é o diâmetro do fruto. Neste caso, o diâmetro é tomado na metade do comprimento do fruto localizado na parte mediana da 2ª penca. Existem vários padrões de classificação do fruto utilizando-se o diâmetro. Normalmente, o diâmetro do fruto, como parâmetro determinante no ponto de colheita, é utilizado nos frutos para exportação. Na classificação americana, utilizada na América Central, Equador e Colômbia, as bananas comercialmente aceitas, podem ter seus diâmetros variando de 31,8 a 38,2 mm.
Procedimentos na colheita
Nas cultivares Prata Anã e Pacovan, em função do peso do cacho e porte da planta, é fundamental que a colheita envolva dois operários. Quando as plantas estão altas (geralmente a partir do segundo ciclo) é necessário que um operário corte parcialmente o pseudocaule à meia altura entre o solo e o cacho e o outro evite que o cacho atinja o solo, segurando-o pela ráquis ou aparando-o sobre o ombro, utilizando um travesseiro de espuma para levá-lo até o local de despencamento.
Manejo pós-colheita
Transporte
O transporte dos cachos para o local de despencamento e embalagem deve ser feito de forma manual ou outra forma de transporte com devido cuidado para evitar danos mecânicos nos cachos. Não se dispondo de galpão apropriado para beneficiamento da fruta, deve-se tomar os devidos cuidados para acomodação dos cachos, de modo que os mesmos não sejam danificados.
Despencamento
Nos locais onde se dispõe de tanques de lavagem os cachos podem ser parcialmente mergulhados e despencados no tanque. Na ausência do tanque pode-se pendurar os cachos ou apóia-los numa base almofadada e proceder o despencamento. A lavagem das pencas deve ser realizada com adição de detergente doméstico na concentração de 1% na água de lavagem. A lavagem remove o látex (“leite” que escorre sobre as bananas após a remoção das pencas), o qual causa lesões na casca que se manifestam na forma de manchas escuras no fruto maduro. A lavagem com detergente também reduz a ocorrência de doenças. Durante a lavagem, aproveita-se para remover os restos florais da extremidade dos frutos.
Classificação
No caso brasileiro ainda não existe uma normatização obrigatória para a classificação e comercialização de banana. O Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura numa iniciativa conjunta entre o CQH da CEAGESP, a EPAGRI e a CIDASC, em Itajaí (SC) em 2002, realizou uma reunião nacional de toda a cadeia produtiva de banana e aprovou as normas de adesão voluntária. A banana Cavendish teve a sua primeira norma revista e atualizada. A norma atual engloba outros grupos varietais: Prata, Maçã e Ouro. Segundo esta norma os principais itens de classificação são: grupo, classe, subclasse, apresentação e categoria. Abaixo são descritos mais detalhes desses itens.
Grupos genômicos: Cavendish (Nanica, Nanição e Grand Naine); grupo Ouro (Ouro); grupo Maçã (Maçã, Mysore, Thap Maeo); grupo Prata (Prata, Paconvan, Prata-Anã);
Classe - determinada pelo comprimento do fruto (cm). Classe 6 (maior que 6 até 9); Classe 9 (maior que 9 até 12); Classe 12 (maior que 12 até 15); Classe 15 (maior que 15 até 18); Classe 18 (maior que 18 até 22); Classe 22 (maior que 22 até 26; Classe 26 (maior que 26);
Subclasse – Escala de maturação de Von Loesecke. 1 - totalmente verde, 2 – verde com traços amarelos, 3 – mais verde do que amarelo, 4 – mais amarelo do que verde, 5 – amarelo e ponta verde, 6 – amarelo, 7 – amarelo com mancha marrom;
Apresentação – Números de frutos. Dedo (um fruto), buquê (2 a 9 frutos), penca (mais que 9 frutos);
Categoria – os critérios da categoria descrevem a qualidade de um lote de banana, através da tolerância de defeitos graves e leves em cada uma delas. O produtor deve eliminar os produtos com defeitos graves, antes do seu embalamento. Para cada categoria, de acordo com o grupo, há um diâmetro (calibre) mínimo exigido por fruto. Na categoria “Extra” não é permitida a mistura de classes. São considerados defeitos graves a ponta de charuto, podridão, amassado, dano por sol, maturação precoce, presença de traça. Defeitos leves são: ausência de dedos, restos florais, geminado, desenvolvimento diferenciado.
Embalagem
Após a lavagem, classificação, pesagem e etiquetagem, os buquês ou pencas são colocados em caixas revestidas com plástico de polietileno de baixa densidade para proteção dos frutos contra danos. Podem ser utilizadas caixas de papelão, de madeira ou de plástico fabricadas especificamente para embalagem de frutas. Em todos os casos, as dimensões são de 52 x 39 x 24,5 cm (comprimento x largura x altura), com capacidade para aproximadamente 18 kg de frutos. Embalagem de madeira também conhecidas como “torito” são permitidas pelo Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. As dimensões do “torito” é 600 mm de comprimento, 330 mm largura e 250 mm de altura. Os cantos internos desta embalagem são confeccionados em cantoneiras triagulares, o que impede o esmagamento das frutas nos cantos (Alves et. al., 1999).
Infelizmente na região do Submédio São Francisco, ainda prevalece a comercialização da fruta em pencas a granel, principalmente, para a variedade ‘Pacovan’.
Conservação pós-colheita
Armazenamento
As bananas podem ser conservadas sob refrigeração pelo período de uma a três semanas, sendo então removidas para câmaras de maturação, onde são tratadas com produtos comerciais contendo etileno ou com ethephon líquido. A temperatura mínima de armazenagem depende da sensibilidade da banana a danos pelo frio, sensibilidade que depende da cultivar, condições de cultivo e tempo de exposição a uma dada temperatura. A temperatura mínima de armazenamento é de 14 °C para as principais variedades da região.
A umidade no interior da câmara também afeta a qualidade da banana, sendo recomendado o seu armazenamento na faixa de 85 a 95% de U.R. do ar. Essa faixa de umidade deve ser mantida por dispositivos de controle automático da umidade e temperatura.
Bananas de diferentes variedades e origens não devem ser climatizadas numa mesma câmara. Dentro de um mesmo cacho, existem pencas com distintos graus de maturidade, sendo que as pencas do ápice (extremidade do engaço) são mais imaturas do que as pencas da base. Por esta razão, os cachos devem ser separados em dois lotes: um contendo as seis ou oito pencas mais velhas e o outro as demais. Quando não for possível, deve-se colocar o lote mais jovem no fundo e o mais velho na frente da câmara, pois este amadurecerá mais cedo.
Maturação controlada (climatização)
A maturação controlada consiste em uniformizar a maturação do lote de banana e melhorar a qualidade da banana, principalmente quanto a cor e duração da fruta por mais tempo.
Temperatura e umidade relativa na câmara
A temperatura do ar apropriada para a climatização é de 19 ºC para bananas do subgrupo Cavendish e de 16 °C para bananas do subgrupo Prata. A climatização poderá ser realizada na faixa de 13 até 20 °C. Nesse intervalo não ocorrem alterações na qualidade dos frutos. O aumento da temperatura reduz o tempo para atingir-se um determinado estágio de cor da casca.
A manutenção da umidade relativa entre 85 e 95% associada a temperatura adequada na climatização possibilita a preservação da qualidade das frutas. Alta umidade relativa com adequada temperatura contribui para obter uma boa aparência e aumentar o período de comercialização da fruta.
Empilhamento das caixas na câmara
Uma adequada circulação de ar na câmara é essencial para uniformização do amadurecimento. O sistema de ventilação da câmara e o tipo de empilhamento das caixas afetam sensivelmente a circulação do ar.
Uma vez que a temperatura aumenta devido à respiração das bananas, a maior área exposta das caixas é muito importante para prevenir o aumento de temperatura na pilha e manter a temperatura da polpa estável durante a climatização. A operação de empilhamento no interior da câmara deve ser realizada deixando-se espaços entre as caixas. As pilhas devem ser distribuídas uniformemente na câmara, permitindo melhor circulação de ar, necessário ao controle da temperatura da polpa e progresso da coloração. Os paletes não devem ser colocados a menos de 45 cm das paredes frontal e traseira da câmara. Quando se usa o padrão 4-bloco alternado, as pilhas podem ser justapostas. No entanto, se for usado outro padrão de empilhamento, deve-se deixar 10 cm entre as pilhas.
Produtos utilizados na climatização
Tradicionalmente, a indução do amadurecimento da banana é feita utilizando-se carbureto de cálcio, o qual libera o acetileno, quando umedecido. A técnica consiste em empilhar as pencas, colocar o carbureto umedecido em volta das mesmas, cobrindo-as com lona plástica. O inconveniente desta técnica reside no fato de que o empilhamento causa danos na casca dos frutos pelo atrito entre as pencas, durante o manuseio. Os danos causados aparecem no fruto maduro na forma de listas ou manchas pretas, depreciando a qualidade do produto para comercialização. O carbureto de cálcio libera o gás acetileno, que é de odor característico desagradável. Pode-se obter o acetileno através da sublimação do carbureto de cálcio, ou seja, adicionando-se água a uma porção sólida de carbureto. Para a concentração de 0,1% de acetileno em volume, que é a quantidade recomendada para aplicação, necessita-se de 2,66 g de carbureto de cálcio por metro cúbico de espaço ocupado pelas frutas e uma quantidade em dobro de água.
Riscos no manuseio, armazenamento e uso do carbureto de cálcio: Em contato com umidade libera o Acetileno (gás Inflamável - mantenha longe do calor), faíscas e chamas; use somente ferramentas à prova de faísca e equipamentos a prova de explosão; evite ferramentas e equipamentos incompatíveis com acetileno; a poeira do produto e o gás liberado por contato com a umidade pode causar sufocamento rápido devido à deficiência de oxigênio. Armazene e utilize com ventilação adequada este produto. Ficha de informação sobre o produto: http://www.whitemartins.com.br/site/fispq/WM040793.pdf
Uma alternativa para o carbureto de cálcio é o uso de etefon (ácido 2-cloroetilfosfônico), princípio ativo dos produtos comerciais Ethrel e Arvest, os quais liberam o etileno na casca dos frutos. Estes produtos são de baixa toxidez e são usados em baixíssimas concentrações, inferiores a 1%, não oferecendo riscos durante o manuseio e eventuais resíduos que pudessem causar intoxicação após a ingestão dos frutos tratados.
Procedimentos para climatização com etileno
Aproximadamente 12 horas antes de aplicar o etileno, a temperatura da câmara deve ser ajustada para 15,5ºC a 16,7ºC. A dosagem recomendada para climatização com etileno pode variar de 0,2% a 2% do volume de ar da câmara. Para bananas do subgrupo Cavendish usa-se cerca de 1%. Para variedades do subgrupo de Prata pode-se utilizar concentrações menores. Após 12 horas da aplicação do gás, a câmara deve ser ventilada por 15 a 20 minutos, para suprir a câmara com oxigênio, essencial para a respiração das bananas. A renovação de ar no interior da câmara é conseguida com a instalação de um exaustor. Após a primeira exaustão, é adicionada uma nova carga de gás etileno. A cada 24 horas após fechamento da câmara, contadas a partir do momento da colocação da segunda carga de etileno, é feita uma nova exaustão, repetindo-se o processo anterior, sem a necessidade de novas injeções de etileno. Após 36 horas, a própria fruta passa a produzir o etileno.
Como alternativa à utilização do gás etileno, pode-se usar o ethefon, conforme descrito a seguir.
Climatização com ethephon
O ethephon (Ethrel ou similar) é utilizado em concentrações inferiores a 1%, não oferecendo riscos durante o manuseio.
Concentração da solução de ethephon
No preparo da solução, deve-se usar água fria, limpa e sem salinidade. Para o produto comercial contendo 240 g de ethephon/litro, usa-se, para 100 litros de água, 208 ml (concentração de 500 mg.1L-1), 416 ml (concentração de 1000 mg.1L-1) e 832 ml (concentração 2000 mg.1L-1). Após o despencamento recomenda-se lavar as pencas com solução de detergente doméstico a 1%. Esta prática dispensa espalhante adesivo na solução de etefon, além de remover o látex (“leite” que escorre sobre as bananas após a remoção das pencas), podendo causar lesões na casca que se manifestam na forma de manchas escuras no fruto maduro. A lavagem com detergente também reduz a ocorrência de doenças. Durante a lavagem, deve-se remover também os restos florais da extremidade dos frutos. A solução de etefon permanece ativa por mais de 200 dias, podendo ser reutilizada neste período.
Para cultivares do grupo genômico AAB, como Prata Anã, Pacovan e Terra, recomenda-se 500 mg de ethephon por litro de solução. Para Nanica e Nanicão utiliza-se 2000 mg de ethephon por litro de solução. Quando são cultivadas bananas de todos os grupos, visando facilitar o procedimento de climatização, utiliza-se apenas a concentração mais alta.
O tratamento consiste em submergir as pencas de bananas, contidas ou não em caixas de madeira ou de plástico, na solução de ethephon por dez minutos. Quando se utiliza caixa de papelão para o acondicionamento das frutas, as bananas devem ser embaladas após evaporação da solução. Pode-se utilizar tanques de cimento, amianto ou mesmo tonéis de madeira. Como regra geral, enche-se o tanque em torno de 2/3 da sua capacidade.
Um tanque de 1000 litros comporta cerca de 250 pencas de banana e um tonel de 200 litros, 50 pencas. Assumindo-se que o tempo de tratamento de cada lote pode durar 30 minutos, incluindo o despencamento e a lavagem prévia, num dia de trabalho é possível tratar 4000 pencas no tanque e 800 no tonel.
A solução destinada à reutilização deve ser armazenada no próprio recipiente de tratamento. Para evitar perda da solução por evaporação, o recipiente deve ser hermeticamente fechado. Apesar das bananas absorverem apenas pequena quantidade de solução, durante o tratamento sempre ocorre perda de solução quando as bananas são removidas do tanque. Quando o nível não mais cobrir todas as bananas, pode-se completar o volume com solução recém-preparada, na mesma concentração da anterior ou reduzir a quantidade de banana.
Instalações para climatização com ethephon
As bananas tratadas com ethephon devem ser armazenadas nas mesmas condições de temperatura e umidade relativa utilizadas na climatização com gás etileno. Quando não se dispuser de câmaras com controle de temperatura e umidade, pode-se usar galpões já existentes na propriedade ou construí-los. As dimensões dependerão da quantidade de banana a ser climatizada. O galpão deve ser construído em local sombreado, sob árvores dispostas nas laterais, para evitar temperaturas elevadas no seu interior. Na ausência de árvores, podem ser plantadas bananeiras de variedades de porte alto (Prata, Pacovan ou Terra), em espaçamento denso (1,50m) nas laterais e no fundo do galpão. A temperatura no interior do galpão deve ficar entre 14 e 26ºC.
Para as regiões e estações do ano com umidade do ar inferior a 80%, é recomendável construir valas impermeabilizadas no piso, ao longo das paredes, para colocação de água. Uso de forro sob o telhado e porta com boa vedação. Pode-se também, para garantir a umidade elevada, regar o piso com água diariamente.
Cuidados adicionais para preservação da qualidade da fruta após a colheita
Pré-resfriamento dos frutos
O pior defeito que pode ocorrer com a banana em pós-colheita é a maturação durante o transporte para o mercado. Esta é a razão para que se colha frutas antes do seu completo desenvolvimento. A banana apresenta uma taxa de respiração crescente da colheita até o seu pleno amadurecimento, sendo importante para isto, além de outros fatores, a temperatura. A redução da temperatura reduz a respiração da fruta, a sua atividade biológica, conseqüentemente, a velocidade da sua maturação.
Muitas vezes, a banana é colhida em temperaturas ambientais muito elevadas. Nestes casos, quanto mais cedo for realizada a redução da temperatura da polpa da fruta maior será o tempo de conservação.
Transporte
No transporte, o horário, o tipo de carroceria e as condições das estradas são de grande importância para a qualidade final do produto. As queimaduras de sol, a desidratação da fruta, o cozimento da polpa, a maturação precoce e os danos por atrito são comuns nesta fase.
A integridade da fruta é outro fator que garante condições da preservação e manutenção da qualidade da fruta. Frutas danificadas respiram mais e amadurecem rapidamente.
Despencamento
Principais cuidados a serem tomados: a) evitar ferimentos nos frutos; b) evitar quedas e choque bruscos da fruta; c)evitar segurar a penca por um único fruto.
Limpeza dos frutos
Normalmente a limpeza dos frutos é realizada em tanque de imersão com solução de detergente neutro de uso doméstico juntamente com um produto para coagulação da seiva “cica”. A concentração do detergente pode variar de 0,02 a 0,2%, sendo a dosagem menor para tanques pequenos e a concentração maior para tanques acima de 9 m² de superfície. No caso da coagulação, usa-se o sulfato de alumínio na concentração de 0,02 a 0,5%, sendo a menor dosagem para uso em regiões frias e a dosagem maior para regiões quentes. Deve tomar o cuidado da troca da solução à medida que se observe a presença de impurezas, ou adotar o sistema de água corrente durante o processo de lavagem.
Classificação
Os cuidados no manuseio da fruta devem ser os mesmos já citados no item transporte. Nesta etapa de processamento da fruta é que se faz uma seleção mais rigorosa das pencas, eliminando-se frutos ou pencas com problemas, visando obter um produto padronizado e de boa qualidade.
Tratamento anti-fúngico
O tratamento anti-fúgico é utilizado para desinfecção das frutas e evitar podridões posteriores, dando maior tempo de conservação à fruta. Os produtos utilizados devem ser recomendados para esta finalidade, como Tiabendazol, na concentração de 0,04 a 0,08% ou imazalil a 0,2%.
Climatização
Manter a câmara sempre limpa e desinfetada. Não expor os frutos a choque de temperaturas na saída da câmara. Exposição da fruta a temperaturas muito altas ou muito baixas, após a climatização, escurecem e mancham a casca da banana.
Embalagem
Usar embalagem adequada e limpa. Colocar a quantidade recomendada para a embalagem. Acomodar bem as pencas de acordo com a embalagem.
No caso do uso de “toritos”, bananas em pencas, inicialmente se colocam no fundo da caixa as pencas menores. As pencas maiores são colocadas sobre as primeiras, com as almofadas voltadas para anterior, de uma cabeceira da embalagem para a outra. Na acomodação, coloca-se cada penca bem junto da anterior ocupando cada espaço da embalagem.

Segurança do Alimento
O conceito de segurança alimentar abrange a disponibilidade em quantidade e qualidade de alimentos bem como o aspecto nutricional e a inoucuidade do ponto de vista físico, químico e microbiológico. A adoção de Boas Práticas Agrícolas (BPA) e Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) são pré-requisitos básicos para a obtenção de frutas e hortaliças seguras. Em galpões de beneficiamento a qualidade da água utilizada em todos os processos, a limpeza e higienização das superfícies que entram em contato com 0os alimentos, a disponibilidade de instalações sanitárias em boas condições de uso, a utilização de embalagens higienizáveis e a saúde e higiene dos trabalhadores envolvidos nos diferentes processos, dentre outros, são pontos extremamente importantes na busca de frutas e hortaliças seguras. Para maiores informações acessar o site do PAS - Programa Alimentos Seguros no site <http://www.alimentos.senai.br/.

DICA PARA AMADURECER BANANA

 

Valdemir Mota de Menezes, leu e gostou desta matéria.

 FONTE: http://ecosdarede-receitasecologicas.blogspot.com.br/2010/07/dicas-para-amadurecer-banana.html

DICAS - Para amadurecer banana

DICA PARA AMADURECER BANANA

Dayse mandou a seguinte mensagem para o grupo.

"Olá, tenho comprado banana prata e ela tem vindo sempre verde. Até aí tudo bem, mas tem demorado em geral, uma semana para amadurecer. Até aí, tudo bem também.
Sábado passado comprei uma dúzia de bananas e até hoje não amadureceu (7 dias).
O pior é que estão duras, tipo pedra, não tem a menor cara de que vão amadurecer. Estão até ficando pretas na casca e nem sombra de amadurecer. Estão pequenas e já me perguntei se não estão sendo tiradas muito cedo do pé.
Sou leiga, posso estar falando bobagem.
Estou com uma dúzia de bananas que até agora não deram sinal de que vão poder ser comidas."

Brígida mandou a seguinte resposta.

"Também tive o mesmo problema. Então, na quinta-feira, na reunião foi da comissão organizadora do II Encontro Estadual de Agroecologia, conversando com Rui, agricultor da COOPAGÉ-MAGÉ, que faz parte da Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro, ele me disse que provavelmente o cacho está sendo tirado do pé muito cedo, mas me deu uma dica.

DICA
Embrulhar em jornal, juntamente com uma banana bem madura. Parece que o contato com ela acarreta uma aceleração do amadurecimento. Fiz isso na sexta-feira e hoje (sábado), às 18h 30min ela estava começando amarelar."


Às 23h Brígida me manda a seguinte mensagem: "Agora mesmo fui dar uma olhada na banana e já está amarelinha... e quinta feira ela estava verde e dura... eita... funciona mesmo... rs"

Explicações técnicas de Cristina, de Seropédica.
"A banana tem o amadurecimento promovido pelo acetileno.
Na produção convencional, usa-se carbureto para gerar acetileno (uma pedrinha de carbureto na água, forma o gás) e acelerar o amadurecimento dos cachos. Na agricultura orgânica não pode ser usado carbureto.
A banana madura libera acetileno. Por isso embrulhar, ensacar ou fechar em uma caixa as bananas verdes junto com uma banana bem madura, acelera o amadurecimento das verdes.
Agora, quando o cacho é tirado muito verde, as bananas ficam cascudas, com pouca polpa dentro e pouco doces e saborosas.
É que não deu nem tempo de acumular os nutrientes e o açúcar da banana, nem deu para desenvolver o fruto completamente."

DESFOLHA DA BANANEIRA

 

Valdemir Mota de Menezes, leu e gostou desta matéria.

 

Influência de diferentes níveis de desfolha na produção e qualidade dos frutos da bananeira 'Prata-Anã'


 FONTE:

http://www.academicoo.com/artigo/influencia-de-diferentes-niveis-de-desfolha-na-producao-e-qualidade-dos-frutos-da-bananeira-prata-ana

AUTOR(ES)

Rodrigues,Maria Geralda Vilela

FONTE

Revista Brasileira de Fruticultura

RESUMO

A desfolha da bananeira, de forma técnica, é uma prática agrícola que deve ser realizada periodicamente, objetivando eliminar aquelas cuja atividade fotossintética não atenda às exigências fisiológicas da planta, trazendo, entre outras vantagens, facilitar o controle de doenças. No caso das manchas das sigatokas, a eliminação de folhas atacadas é uma importante ferramenta auxiliar de seu controle, por reduzir a fonte de inóculo secundário, contudo deve ser feita com critério para não provocar danos mais graves que os causados pela própria doença. Sabe-se que as bananeiras do subgrupo Cavendish necessitam de, no mínimo, 11 e 8 folhas inteiras no momento da floração e da colheita, respectivamente, para produzir os fotoassimilados necessários para o adequado desenvolvimento do cacho, porém para bananeiras 'Prata-Anã' desconhece-se esse valor. Para evitar equívocos no manejo da 'Prata-Anã', avaliou-se por cinco ciclos produtivos consecutivos, o efeito de diferentes níveis de desfolha sobre a produção, definindo melhor relação nível de desfolha/ produção. Os tratamentos consistiram na manutenção de 4; 6; 8; 10; 12 e 14 folhas por planta, além da testemunha (onde se retiraram apenas as folhas secas e quebradas). A massa dos cachos foi maior nas plantas mantidas com um mínimo de 12 folhas, assim como a maioria das características relacionadas à produção. Um adequado número de pencas e de frutos, assim como a maioria das características das pencas, ocorreu quando pelo menos 10 folhas permaneceram por planta. As desfolhas mais acentuadas, deixando-se apenas 4; 6; 8 ou 10 folhas por planta, ao diminuir folhas velhas infestadas com doenças, principalmente sigatoka, permitiram maior preservação das folhas remanescentes nas plantas. Quando não se fez desfolha ou se deixou 12 ou 14 folhas por planta, verificou-se maior desfolha natural (redução no número de folhas sem que essas tenham sido retiradas), principalmente no quarto e quinto ciclos. Concluiu-se que desfolha mais acentuada reduziu o potencial produtivo de cachos pela perda de área fotossintética. Assim, a melhor alternativa testada foi a manutenção de 10 a 12 folhas por planta, para se obterem adequado número de frutos e desenvolvimento dos mesmos, a fim de conciliar produção e fitossanidade do bananal.

CULTIVO DE BANANA

Valdemir Mota de Menezes, leu e gostou desta matéria.

 

Tecnologia no cultivo da banana melhora a qualidade dos frutos

Agricultores familiares de União Bandeirantes, município de Porto Velho, aplicam novos conhecimentos no plantio da banana e passam a produzir frutos de melhor qualidade
GleiceMere
Gleire Mere
O agricultor Pedro Farinheiro está satisfeito com a nova tecnologia no cultivo da banana O agricultor Pedro Farinheiro está satisfeito com a nova tecnologia no cultivo da banana
Porto Velho - Desbastar, desfolhar, adubar, corrigir a acidez do solo e aterrar a bananeira são alguns dos conhecimentos técnicos repassados por técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) aos produtores de banana do distrito de União Bandeirantes, município de Porto Velho. A ação faz parte do Projeto Tempo de Empreender Rondônia, desenvolvido pelo Sebrae em parceria com o Instituto Camargo Corrêa, Construtora Camargo Corrêa e Energia Sustentável do Brasil, empresa criada especialmente para investir no projeto da Usina Hidrelétrica Jirau (UHE Jirau).

O distrito é uma das comunidades localizadas no entorno da obra da UHE Jirau que receberão assistência para a viabilização técnica e econômica na produção e comercialização de frutas, especialmente o abacaxi, a banana e o açaí. Desde o segundo semestre de 2010, técnicos da Emater têm visitado propriedades de agricultores familiares e realizado dias de campo na região. O resultado é muiito positivo. Nos primeiros seis meses de assistência técnica, muitos agricultores aplicaram os novos conhecimentos em suas propriedades e obtiveram frutos de melhor qualidade.

Segundo o agricultor Agnaldo dos Santos, conhecido como Pedro Farinheiro, antes de melhorar a qualidade dos frutos que produzia em sua propriedade, ele vendia uma caixa de banana a R$ 7. Hoje, vende por R$ 15. “No meu sítio, não uso agrotóxicos e faço plantio consorciado, assim evito a proliferação das pragas que costumam aparecer na monocultura", diz.
Santos prossegue, satisfeito: "Com os técnicos da Emater, aprendi a fazer armadilhas ecológicas para capturar a broca da bananeira, que é um besouro que se desenvolve na planta e faz com que as folhas fiquem amarelas, os cachos se tornem pequenos e as plantas fiquem sujeitas a tombar.  Ao usar a tecnologia, percebi que a qualidade e produtividade do meu plantio aumentaram, assim como o preço pago pelo meu produto".
Serviço:
Sebrae em Rondônia: (69) 3217.3829
Site: www.ro.agenciasebrae.com.br

--------------------------------------------


  FONTE: http://www.ceplac.gov.br/radar/banana.htm

Banana

A banana é uma das principais frutas de consumo popular no Brasil. A bananeira encontra-se distribuída por todo o território nacional, situando-se entre os principais cultivos, em área plantada, volume produzido e valor da produção. Constitui-se numa das principais alternativas de diversificação agrícola da Região Sudeste da Bahia, por adaptar-se as condições edafoclimáticas e possuir excelentes perspectivas de mercado como fruta fresca ou industrializada. Além disso, é um cultivo de produção rápida (aproximadamente um ano) e pode ser utilizada facilmente em consórcios.
Clima
A bananeira é tipicamente tropical, desenvolve-se melhor em locais com temperaturas médias de 20 a 24º C e umidade relativa do ar superior a 80%, pois essas condições aceleram a emissão de folhas. o lançamento das inflorescências e uniformiza a coloração dos frutos, apesar de favorecer a ocorrência de várias doenças foliares. A planta exige uma precipitação pluviométrica de 100 a 180 mm mensais. A deficiência de água no solo ocasiona paralisação das atividades da planta, causando amarelecimento das folhas, aumento do ciclo e redução do tamanho dos cachos. Os ventos fortes causam redução da área foliar (fendilhamento das folhas), tombamento e desidratação das folhas, ocasionando danos econômicos. A bananeira se desenvolve em locais cm plena luz.

Solo

A bananeira se adapta em vários tipos de solos, no entanto, a maior aptidão e capacidade produtiva ocorrem nos areno-argilosos, férteis, profundos, ricos em matéria orgânica e em cálcio e magnésio, bem drenados e com boa capacidade de retenção de água.

Cultivares

Nanicão – É uma cultivar de porte médio a baixo (3 a 3,5 m). Os cachos são cilíndricos, com peso de 30 kg e 11 pencas, em média. Os frutos pesam 150 g, aproximadamente e têm sabor idêntico ao da Nanica.  É susceptível à Sigatoka amarela e negra, ao Moko e aos nematóides. Apresenta tolerância ao Mal-do-panamá, mediante susceptibilidade à broca e maior resistência à seca que a cultivar Nanica.
Prata – Conhecida também como Prata-comum ou Pratinha, possui porte alto (4 a 6 m). Os cachos pesam de 9 a 12 Kg e possuem, em média, 7,5 pencas. OS frutos pesam em torno de 100 gramas e apresentam sabor agridoce agradável.  É susceptível à Sigatoka amarela e negra, ao Moko, medianamente susceptível ao Mal-do-panamá medianamente resistente à broca e aos nematóides.
Pacovan – Resultante de uma mutação da Prata, é atualmente a cultivar mais plantada no Norte e Nordeste do país. Possui porte alto (6 a 7 m). Os cachos são cônicos, com peso de 16 Kg e 7,5 pencas, em média. Os frutos são grandes, com quinas salientes (mesmo quando maduros) e casca grossa. Pesam 122 g em média, e apresentam sabor menos intenso que a Prata. É susceptível à Sigatoka amarela e negra e ao Moko, moderadamente susceptível a Mal-do-panamá, medianamente resistente aos nematóides e brocas. É sujeita ao tombamento pela ação dos ventos.
Prata-anã - Cultivar não pertencente ao grupo da Prata, que apresenta frutos muito semelhantes. Porte médio a baixo (3 a 4 m). Os cachos pesam de 14 a 16 Kg e possuem 7,6 pencas, em média. Os frutos pesam 110 g e apresentam sabor parecido aos da cultivar Prata. É susceptível à Sigatoka amarela e negra e ao Moko, medianamente susceptível ao Mal-do-panamá, medianamente resistente aos nematóides e brocas. É a cultivar do tipo Prata mais plantada e comercializada no Centro-Sul e Centro-Oeste do Brasil.
Maçã – Preferida pelos consumidores do Centro-Sul do país. Possui porte médio (4 m) e cachos com de 11 Kg e 15 pencas/cacho em média. Os frutos pesam 115 g e apresentam polpa branca, suavemente perfumada e de sabor agradável. É extremamente susceptível ao Mal-do-panamá e ao Moko, moderadamente resistente à Sigatoka amarela e negra e as brocas. Devido à ata suscetibilidade ao Mal-do-panamá, tem sido desaconselhado seu plantio, apesar dos excelentes preços obtidos nos mercados.
Terra – É utilizada cozida, frita  ou assada e preferida pelos consumidores das regiões Norte e Nordeste. Apresenta porte alto (6 a 7 m). Os cachos pesam 25 Kg e possuem 10 pencas, em média. Os frutos pesam 150 g, possuem polpa de coloração amarelo-alaranjada e sabor “travado”, em função do alto teor de amido, mesmo quando maduros.

Seleção e tratamento de Mudas

É uma fase muito importante para o sucesso do futuro pomar. O bananal fornecedor de mudas deve estar sadio, cm plantas vigorosas e sistema radicular e rizoma sem deformações, necroses, galerias de brocas, insetos ou outras anomalias. As mudas poderão ser de dois tipos: Rizoma inteiro e pedaços de rizoma. Com o material selecionado, deve-se proceder a limpeza, eliminando as raízes e solo adendo. Recomenda-se a eliminação de qualquer parte escura, necrosada ou com galeria de brocas, as quais são fontes de inóculos de doenças e nematóides e/ou pragas. Após a limpeza, realizar o tratamento químico da muda, que consiste na imersão em solução com nematicida, a 0,2%, ou água sanitária a 1% por 15 minutos.

Preparo de área e Plantio

O preparo da área pode ser manual ou mecanizado. O primeiro consiste na limpeza da área, balizamento, abertura de cova (40 x 40 x 40 c, para solos mais argilosos, e 30 x 30 x 30 cm, para solos mais arenosos), adubação e plantio. O segundo, na limpeza a área, aração, gradagem, calagem, sulcamento, adubação e plantio. O plantio deve ser efetuado na época das chuvas. As covas ou sulcos deverão ser previamente adubados com 125 g de superfosfato triplo e 10 a 20 litros de esterco de gado curtido.

Tratos culturais

O controle de ervas daninhas, desfolha, desbaste, adubação, eliminação do “coração” e de pencas, ensacamento, controle de erosão e escoramento são práticas usuais no pomar. O bananal deve estar livre do mato que concorre por nutrientes e água. Para tal, deve-se  proceder à capina nas linhas e roçagem e/ou aplicação de herbicidas nas entrelinhas. O desbaste, que consiste na eliminação do excesso de rebentos da touceira, é uma prática necessária para manter um número de plantas capaz de obter maior produtividade com qualidade dos frutos. Os desbastes são realizados do quarto ao sexto mês após o plantio, quando os rebentos atingem de 20  30 cm de altura. Corta-se o rebento rente ao solo e extrai-se a gema apical de crescimento. A adubação deve ser de acordo com as análises do solo, no entanto, tem-se usado com resultados satisfatórios 125 g de superfosfato triplo; 750 g de cloreto de potássio, em 3 vezes, e 400 g de uréia, em 4 vezes por planta/ano. A desfolha (retirada das folhas secas, mortas e/ou com pecíolo quebrado) deve ser realizada para arejar o interior do pomar e incorporar matéria orgânica ao solo.

Tratos fitossanitários

A broca do rizoma (Cosmopolites sordidas), tripes-da-flor (Frankliniella spp.) e abelha arapuá (trigona Spinipes) são as principais pragas da bananeira que ocorrem na região. As brocas causam sérios danos aos bananais, pois abrem galerias no rizoma, debilitando as plantas e tornando-as mais sujeitas ao tombamento e à penetração de microorganismos patogênicos. As plantas atacadas tornam-se raquíticas, com folhas amareladas que ocasionam a diminuição da produtividade e qualidade dos frutos. Seu controle começa antes do plantio, com a seleção e/ou tratamento das mudas. No pomar já instalado, recomenda-se o uso de iscas e/ou aplicação de inseticidas específicos.
O tripes-da-flor é facilmente controlado cm aplicação de inseticidas fosforados nas inflorescências e com a remoção do “coração”.
Na região Norte, as principais doenças são:
a.  Mal-do-panamá (Fusarium oxisporium) que ocasiona o amarelamento das folhas, seguido de murchamento, seca e quebra, ficando pendentes, tipo um guarda-chuva semifechado; internamente, os feixes vasculares ficam de coloração pardo-avermelhado. O controle é preventivo, por meio de variedades tolerantes, mudas sadias, controle rigoroso da nutrição da planta, controle sistemático de brocas e nematóides e manutenção dos solos bem drenados e ricos em matéria orgânica.
b.   Sigatoka amarela (Mycospharella musicola), que é fortemente influenciada pelas condições climáticas, onde temperaturas acima de 23°, combinadas com umidades do ar maiores que 80% e pluviosidade elevada, são as condições ideais para o desenvolvimento da doença. Os sintomas principais são a ocorrência de necrose em forma de estrias, que vão se unindo até comprometer totalmente a folha. Conseqüentemente, ocasiona diminuição da produtividade e quantidade dos frutos. Seu controle é feito com pulverizações quinzenais de óleo mineral com fungicida sistêmico (proficonazol ou benomyl).
c.   Nematóides.
d.  Doenças dos frutos causadas por fungos, embora existam outras doenças importantes para a bananeira que não ocorrem nessa região.

Colheita e Rendimento

Na Região Sudeste da Bahia, a colheita ocorre do 10° ao 14° mês após o plantio, dependendo da cultivar e manejo adotado, além dos fatores climáticos. O rendimento (t/ha/ciclo) esperado por cultivar é de 13-15 para Prata, Pacovan, 15-20, Prata-anã 15-20, Maçã 10-12, Nanicão 25-30 e 15-20 para a Terra.

José Basílio Vieira Leite
Engenheiro Agrônomo, MS

Extraído do Jornal CEPLAC Notícias - maio 2001


----------------------------------------------------


Algumas  Informações  para  o  Cultivo  da  Bananeira
Espaçamento : 3 a 4 metros entre plantas (4 x 5 m no caso da banana maçã)
Cova : largura - 40 cm, comprimento - 40 cm e profundidade - 40 cm.
Adubação : misturar com parte da terra retirada da cova, 10 litros de esterco de curral curtido ou 2 litros de esterco de aves curtido ou 1 litro de torta de mamona mais 250 g de superfosfato simples e 250 g de calcário. Essa mistura deverá ser colocada na cova sem encher totalmente (deixar um desnível de + 10 cm) e molhar bem.
Plantio : deve ser feito à tarde e de preferência 1 a 2 semanas após o preparo da cova; a muda é retirada da bandeja e plantada cobrindo ligeiramente o torrão, firmando bem a terra ao seu redor e irrigando em seguida. È importante regar nos primeiros dias após o plantio para assegurar o pegamento.
Adubação de Cobertura : para um melhor desenvolvimento da planta e produção, recomenda-se aos trinta e aos sessenta dias após o plantio, colocar cerca de 30 g de adubo nitrogenado (sulfato de amônio ou nitrocalcio) em círculo, a uma distância de 20 cm da planta. Posteriormente recomendam-se de 2 a 3 adubações por ano com adubos ricos em Nitrogênio e Potássio (por exemplo: fórmulas 14-07-28 ou 20-05-20). Anualmente deve-se também colocar alguma forma de composto orgânico, cerca de 50 cm da planta e levemente incorporado ao solo.
Colheita : colhe-se o primeiro cacho da bananeira 1 a 1,5 ano depois de plantada, em função do local. Nos anos seguintes cada touceira produz de 1 a 2 cachos por ano, sem precisar plantar novamente.
As bananeiras Prata Anã e Grand Naine (Nanicão) apresentam plantas de porte médio (+ 3 m) e cachos de até 30 e 50 kgs, respectivamente.
A muda de laboratório pode, também ser usada como planta ornamental se for plantada em vaso com pelo menos 5 litros de capacidade, contendo composto orgânico ou terra vegetal e mantida em ambiente sombreado e protegida de vento.
Obs .: essas informações são baseadas em recomendações técnicas e em resultados práticos, porém servem apenas como referência. Consulte um Engenheiro Agrônomo ou um técnico especializado para maiores detalhes.
Multiplanta Tecnologia Vegetal Ltda
Andradas, MG
Fone/Fax: (35) 3731-1649