sábado, 23 de janeiro de 2010

MANDIOCA

Clima

Nas altitudes muitas elevadas, com mais de 1000 metros, o sucesso da cultura dependerá da duração da época fria e das temperaturas. As médias mensais deverão estar acima de 20ºC, durante o período vegetativo.
As atividades vegetativas dessa planta diminuem muito durante o nosso inverno (de maio a agosto), ficando aparentemente paralisadas em temperaturas abaixo de 15ºC. A mandioca é muito sensível à geada. Quando atingidas as plantas já bem desenvolvidas, seca, quase sempre, toda a parte aérea; continuam, entretanto, vivas as porções subterrâneas das hastes, de onde saem, mais tarde, novas brotações, refazendo-se o vegetal. Plantas muito novas, se atingidas pela geada, emitem outras brotações, mais tarde. Períodos quentes e secos são desfavoráveis nas primeiras fases da cultura, principalmente durante a época de plantio. Temperaturas ambientes com valores médios entre 20 e 30ºC são as mais favoráveis para o desenvolvimento da cultura.
Precipitações anuais em torno de 1.000 milímetros de chuvas são muito boas para a cultura, desde que distribuídas num período de seis a oito meses durante o ano. Entretanto, em zonas tropicais a mandioca prospera e produz, não raro, em localidades com precipitações de até 3.000 milímetros anuais, e, por outro lado, embora em condições precárias, também sob um regime de cerca de 500 milímetros. Depois de bem desenvolvidas, as plantas de mandioca tem boa resistência à seca, possivelmente pela profundidade que pode atingir o seu sistema radicular.
Consideram-se os paralelos de 30 graus de latitude norte e sul, como delimitadores da faixa geográfica onde há condições climáticas favoráveis para o cultivo da mandioca.
MEU COMENTÁRIO: Eu cresci no nordeste do Brasil e lá meus avôs plantavam mandioca, ambos comercializavam. Seu Pedro, meu avô por parte de pai, vendia mandioca “in natura” na feira de Itabaiana/SE e plantava a espécie doméstica. Meu avô José de Tavares da Mota plantava mais a mandioca de variedade brava e como possuía uma casa de farinha, era lá que ele beneficiava a mandioca, transformando-a no alimento predileto dos nordestinos: A FARINHA DE MANDIOCA. Meu avô também fabricava nos fornos o Bejú que é uma espécie de pão feito da mandioca.

Influencia no ciclo vegetativo


MANDIOCA
Cultura de mandioca com um ciclo vegetativo é a que tem, normalmente, de oito a quinze meses (plantio desde maio até outubro, e colheita de maio a agosto do ano seguinte); para o consumo humano, as plantas são, em geral, colhidas com um ciclo. A cultura tem dois ciclos vegetativos quando conta dezoito a vinte e quatro meses. As plantações para fins industriais ou forrageiros (raízes) são, preferivelmente, colhidas com dois ciclos, por serem mais produtivas.
Durante os meses de verão e chuvas (praticamente de setembro a março, em São Paulo) as plantas vegetam mais ou menos abundantemente. Nas épocas mais frias e, em geral, com menos chuvas (período de abril a agosto), as plantas diminuem as atividades vegetativas e perdem, até aproximadamente o mês de junho, totalmente, as folhas (algumas variedades podem manter ainda certa quantidade de folhas). Em condições normais, estas caem, gradativamente, a começar da base do vegetal, precedendo-se seu amarelecimento e seca.
A queda das folhas é um fenômeno natural e normal nesta espécie, agravado, entretanto, quando a temperatura desce a alguns graus abaixo de 20. Inicia-se a queda, normalmente, nas plantas ainda pequenas, nas primeiras fases do seu desenvolvimento. À medida que a planta cresce, ganhando em altura e adquirindo maior quantidade de folhas e ramas, prossegue a queda natural das folhas, aos poucos, e sempre no sentido da base para o ápice. Atingindo o máximo desenvolvimento do vegetal, o iniciando-se a época fria (março-abril), amarelecem e caem as folhas, até o mês de junho, em geral na sua totalidade.
Desfolhadas as plantas, dá-se a seca dos "ponteiros" ou seja, das últimas porções de 30 a 50 cm das hastes, no sentido de cima para baixo. Em fins de julho ou princípio de agosto, as primeiras gemas da parte superior entram em brotação, à custa das reservas nutritivas acumuladas nas raízes e ramas. Desta fase em diante, reduz-se, por essa razão, o teor de amido das raízes, o qual será, posteriormente, recuperado por reposição através da fotossíntese. É durante o "período de repouso" das plantas que as raízes acumulam o máximo de reservas, principalmente amido.
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MEU COMENTÁRIO: Tenho plantado mandioca desde 2006, onde identifico pelo menos três variedades diferente. Uma de casca roxa internamente, outra de raiz amarela, que é bem percebida logo que ela é cozida e uma variedade de raiz branca.
Nas estações de outono e inverno, os pés de mandioca perdem as folhas, ficando uma aparência de galhardas no cultivo de mandioca e quase sem nenhuma folha. Mas as manivas que planto neste período de outono e inverno, os brotos nascem mas não se desenvolvem, ficando com cerca de trinta centímetros por um longo tempo, ate que no inicio da primavera, os pés começam a desenvolverem.
As manivas plantadas no verão crescem rapidamente, em dois meses chegam a mais de um metro de altura. Minha experiência com plantio de mandioca é nas montanhas da Serra do Mar no litoral Paulista, a cerca de 500 metros de altitude.
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Solos

Em geral, qualquer tipo de solo de boa fertilidade proporciona boas colheitas de mandioca, conquanto não sujeito ao encharcamento, como os solos de baixada, turfosos ou mal drenados, e nem dotado de propriedades físicas que o contra-indiquem, como seja o de tornar-se demasiadamente compacto, e apresentar trincas ou fendas por ocasião de períodos secos, em conseqüência de um excesso de argila. Neste caso, tornar-se-ia também difícil e cara a colheita.

Dois tipos de solos que, pelas suas boas características de fertilidade, originariamente, podem dar elevadas produções de mandioca, temos: o salmourão, o massapé e o arenito Bauru superior; as terras deste último tipo de solo apresentam boas propriedades físicas, para a cultura e muito especialmente para a colheita; a terra roxa legítima (como em Ribeirão Preto, Vira-douro etc).
As produções são baixas e, muitas vezes, quase antieconômicas em terras da formação do glacial, com predominância de arenitos pobres, ou nos solos derivados do arenito, quando muito arenosos. Estes solos se caracterizam, de maneira geral, por serem quimicamente pobres e ácidos, e de más propriedades físicas. Pela sua vegetação primária, recebem os nomes de "campo cerrado", ou "campo de pau torto" (pela presença de árvores tortuosas), sendo com a ocorrência de barba-de-bode, indaiá, barba-timão, guabiroba, cambará-do-campo e certas bromeliáceas. Precisam ser melhoradas por meio de calagens, plantio de adubos verdes, rotação de culturas e adubação mineral.
Extensas culturas de mandioca tem sido plantadas em solos do tipo terciário, não nas várzeas, porém na parte alta. Em muitos desses lugares, os solos, pela sua pobreza e acidez, com índice pH não raro abaixo de 5,0, apresentam plantações precárias e pouco produtivas, quando não corrigida a acidez, nem adubados.
Nos lugares em que há uma mistura de terra roxa com o solo glacial ou o arenito de Botucatu, as condições de fertilidade melhoram, tanto mais quanto maior for a participação da terra roxa. E assim que encontramos, muitas vezes, mandiocais produtivos em manchas de solos de formação glacial ou de arenito.

Quanto à textura, os solos mais leves, um tanto arenoso, e que não se mostram compactos nas épocas secas, facilitam e torna menos dispendiosa a colheita. No tocante aos índices de acidez, os solos com pH de 5,5 a 6,5 são bons, preferivelmente estes últimos. Um bom teor de matéria orgânica influi favoravelmente na produção.
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MEU COMENTÁRIO: O tipo de plantação que tenho mais experiência é justamente a mandioca, no sitio Jardim do Édem tenho cerca de mil pés de mandioca. Tenho notado que em uma parte do cume da montanha onde a terra é mais compacta, as raízes crescem finas e em pouca quantidade, uma produtividade ínfima. Em terra fofa as raízes crescem grandes e grossa. Em áreas em que a terra fica encharcadas as raízes apodrecem.

A mandioca nos primeiros meses recente-se muito da competição com outras ervas daninhas, sendo necessário manter o mato baixo para que a mandioca sobressaia e vingue. Na época da colheita, eu me baseio na grossura do caule. Estão grossas, cerca de cinco centímetros de diâmetros, esta excelente.
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Controle da erosão

O solo, particularmente quando arenoso e inclinado, deve ser defendido contra a erosão, pelo estabelecimento da cultura em curvas de nível, e cuidando-se do terraceamento das glebas, quando o seu declive o exigir. As perdas por erosão, durante o segundo ciclo vegetativo da mandioca, são bem menores do que durante o primeiro ciclo, período em que as perdas poderão ser grandes. Deve-se dar, por isso, o máximo de importância a esta prática agrícola que, aliás, precisa manter no planejamento dos trabalhos na fazenda, uma estreita relação com o programa traçado para a rotação de culturas.
Rotação de culturas

Um dos princípios básicos da racionalização da agricultura é o planejamento da exploração agrícola segundo uma alternância de cultivos. Não é recomendável repetir o plantio da mandioca na mesma gleba em que ela tenha sido cultivada no ano anterior, mas, sim, deve-se plantá-la após outra cultura, como milho, algodão, arroz, soja ou leguminosas plantadas como adubo verde. Para isso, será traçado um programa que se adapte às condições da fazenda e às possibilidades do mercado.
Uma das principais vantagens do plantio em rotação de culturas é possibilitar melhor controle das moléstias e pragas não comuns às plantações que se sucedem.
Dada a enorme importância que tem, para a economia rural, a defesa do solo contra a erosão, num traçado conjunto com a rotação das culturas, deve o proprietário submeter esses itens relacionados com o uso racional do solo, à apreciação de engenheiros agronômos especializados

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MEU COMENTÁRIO: Eu planto mandioca no sitio de forma desordenada, como o sitio onde faço meus cultivos não tem objetivo de dar lucro, eu o deixo com um aspecto de que tudo esta ali por força da natureza. De fato isso ajuda no controle das pragas porque o cultivo concentrado favorece o surgimento de pragas que atacam sistematicamente as plantações. A mandioca é muito resistente as pragas e nunca usei qualquer tipo de adubo.
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A mandioca é um alimento altamente energético, podendo substituir o pãozinho, ou mesmo o arroz e o macarrão.
Contém, ainda, razoáveis quantidades de vitaminas do Complexo B, principalmente Niacina, que estimula o apetite, promove o crescimento e conserva a saúde da pele. Seus sais minerais como o Cálcio, Fósforo e Ferro participam da formação dos ossos, dentes e sangue.
Conforme o tipo, a polpa da mandioca deve apresentar cor branca ou amarelada uniforme e a casca deve soltar-se com facilidade. Mas, mesmo de boa qualidade, convém conservar a mandioca por apenas 2 dias quando fresca. No entanto, descascada e coberta com água numa vasilha, ela dura por mais tempo, assim como, depois de cozida.
O período de safra da mandioca vai de janeiro a julho.
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MEU COMENTÁRIO: Gosto de mandioca cozinha e depois passar uma manteiga por cima.....(delícia!!!). Outra delícia é a mandioca frita. Ela acaba substituindo a batata frita nas refeições.

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