Planta arbustiva, muito fechada e ereta. Frutos medindo certa de 13 x 1 cm, com sabor muito picante quando maduros. Também podem ser consumidas ainda verdes. Rica em vitamina A, é saborosa tanto in natura quanto em conserva. Por possuir sabor extremamente picante, deve ser consumida com moderação.
Cultivares
Cláudia S. da C. Ribeiro
A maioria das cultivares de pimentas plantadas no Brasil como a '‘Malagueta’' (C. frutescens), 'Dedo-de-Moça' (C. baccatum), 'Cumari' (C. baccatum var. praetermissum), 'De Cheiro' e 'Bode' (C. chinense), são consideradas variedades botânicas ou grupos varietais, com características de frutos bem definidas. Normalmente, o produtor produz sua própria semente, e as diferenças existentes dentro destes grupos estão relacionadas às diferentes fontes de sementes utilizadas para o cultivo.
São poucos os programas nacionais de melhoramento de pimentas. Destes destaca-se o desenvolvimento de cultivares de pimenta doce para processamento industrial, como páprica doce e pimenta picante dos tipos 'Jalapeño' e 'Cayenne' para molhos líquidos, coordenado pela Embrapa Hortaliças. Os fatores que provavelmente restringem trabalhos de melhoramento com pimentas advém da dificuldade de se manusear as pequenas flores para a execução dos cruzamentos e multiplicação das sementes; a produção escassa de sementes por frutos, uma vez que estes normalmente são muito pequenos e ainda a picância extrema dos frutos, dificultando a extração das sementes. Outro fator importante é a área consideravelmente pequena de produção de pimentas, que implica no desinteresse das companhias de sementes de produzirem e comercializarem sementes.
Apesar do crescente interesse no cultivo pimentas, este ainda é feito por pequenos produtores que produzem suas próprias sementes ou compram frutos maduros em mercados e feiras e deles extraem as sementes que serão utilizadas para plantio. Normalmente estas sementes são de qualidade variável, apresentam baixa germinação e podem transmitir doenças, já que são obtidas sem seguir regras básicas para a produção de sementes. Na maioria das áreas cultivadas com pimentas, as plantas apresentam sintomas de mancha-bacteriana (Xanthomonas campestris pv. vesicatoria), doença transmitida a longas distâncias por meio de sementes.
Capsicum annuum é a espécie mais cultivada e inclui as variedades mais comuns deste gênero como pimentões e pimentas doces para páprica e consumo fresco e pimentas picantes como 'Jalapeño', 'Cayenne' entre outras, e ainda poucas cultivares ornamentais (Tabela 1). As pimentas dos tipos 'Jalapeño' e 'Cayenne' podem ser consumidas frescas, ou na forma de molhos líquidos (frutos maduros e vermelhos), desidratados na forma de flocos ou pó, ou ainda em conservas (verdes) e escabeches. Estas pimentas são cultivadas principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Os tipos mais comuns e cultivados da espécie C. baccatum no Brasil são as pimentas 'Dedo-de-Moça', 'Chifre-de-Veado' e 'Cambuci' (também conhecida como 'Chapéu de Frade') (Tabela 1). Neste grupo de pimentas, a pungência dos frutos é menos intensa; há inclusive cultivares de pimenta 'Cambuci' que são doces. A pimenta 'Dedo-de-Moça' é cultivada principalmente nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. Além de ser consumida fresca, em molhos e conservas, também é utilizada na fabricação de pimenta 'calabresa' (desidratada na forma de flocos com a semente). A pimenta 'Cumari' é bem popular na região Sudeste do Brasil e é encontrada também em estado silvestre, crescendo sob árvores diversas e em capoeiras. Normalmente as plantas são mantidas por alguns anos e chegam a formar verdadeiros arbustos. Os frutos desta pimenta são bem pequenos, arredondados ou ovalados, de coloração vermelha quando maduros.
C. chinense é a mais brasileira das espécies domesticadas e caracteriza-se pelo aroma acentuado dos seus frutos. Há tipos varietais desta espécie com frutos extremamente picantes, como a pimenta 'Habanero', muito popular no México. No Brasil, as mais conhecidas são as pimentas 'De Cheiro', 'Bode', 'Cumari do Pará', 'Murici', 'Murupi', entre outras. Há também, dentro da espécie, uma expressiva variabilidade de formatos e cores de frutos. A pimenta 'De Cheiro', que predomina no Norte do país, possui frutos de tom amarelo-leitoso, amarelo-claro, amarelo-forte, alaranjado, salmão, vermelho e até preto. A pungência também é variável, são encontrados frutos doces a muito picantes. Na região Centro-Oeste, é mais comum o cultivo da pimenta 'Bode', que tem frutos arredondados de cor amarela ou vermelha quando maduros, e da 'Cumari do Pará', que possui frutos ovalados de coloração amarela quando maduros. Ambas possuem pungência e aroma característicos que as distinguem das demais. A pimenta 'Murupi', cultivada nos estados do Amazonas e Pará, possui coloração amarela e o aroma das pimentas 'De Cheiro' e 'Bode'.
A espécie C. frutescens é representada pelo tipo de pimenta mais conhecido e consumido no Brasil, a pimenta '‘Malagueta’'. Plantada em todo o país, destacam-se os cultivos nos estados de Minas Gerais, Bahia e Ceará. Também pertence a esta espécie a pimenta 'Tabasco', conhecida mundialmente pelo molho de pimenta que leva seu nome. Estas pimentas são extremamente picantes, possuem frutos pequenos de formato alongado e de coloração vermelha quando maduros.
Existem no mercado algumas cultivares de pimenta sendo comercializadas, como ‘Agronômico 11’ (C. annuum), resultado de um programa de melhoramento desenvolvido pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) visando resistência a viroses. Esta pimenta destina-se a consumidores que preferem frutos de pimenta doce no preparo de seus pratos.
Poucas companhias de sementes existentes no Brasil comercializam sementes de pimenta e aquelas que o fazem restringe-se a alguns tipos específicos, como cultivares de pimenta do tipo 'Jalapeño' (sementes importadas), 'Cambuci' ou 'Chapéu de Frade', '‘Malagueta’' e 'Dedo-de-Moça' (Tabela 1).
Fonte: Elaborada a partir de informações contidas em catálogos e sites das empresas de sementes Sakata, Horticeres/SVS, Topseed, Isla, Petoseed/SVS, Clause/Sakama, Rogers/Agrocinco, Feltrin
------------------------------------------
PIMENTA
As pimentas e os pimentões pertencem à família Solanaceae e ao gênero Capsicum. É cultivada principalmente nos estados de MG, BA e GO. Consumidas no Brasil, principalmente na forma de conserva de fruto inteiro em vinagre ou azeite.
A pungência ou picância das pimentas deve-se a presença da capsaicina. A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente esta que possui as propriedades benéficas à saúde. A capsaicina têm propriedades medicinais comprovadas, atua como cicatrizante de feridas, antioxidante, dissolução de coágulos sanguíneos previne a arteriosclerose, controla o colesterol, evita
hemorragias, aumenta a resistência física. Além disso, influencia a liberação de endorfinas, causando uma sensação de bem-estar muito agradável, na elevação do humor.
CLIMA E SOLO
É cultivada em regiões de clima tropical com precipitação pluviométrica variável de 600 a 1.200 mm e uma temperatura média de em torno de 25ºC. Temperaturas inferiores a 15ºC prejudica o desenvolvimento vegetativo da planta. O solo mais recomendado é o que apresenta textura leve com pH entre 5,5 a 6,0 com boa drenagem.
VARIEDADES
As variedades de pimenta mais cultivadas no Brasil são: a) pimenta malagueta – fruto de 2cm de comprimento e em média 0,5 cm de largura e coloração vermelha forte.
b) pimenta comari – fruto esférico e vermelho-escuro;
c) pimenta de cheiro – fruto esférico e cor amarela;
d) pimenta chifre de veado – cor vermelha ou amarela e frutos com 5 a 7 cm de comprimento e 1,5 de largura e apresentam curvas na extremidade.
PLANTIO
Nas regiões mais frias, o plantio deve ser feito de agosto a outubro e nas regiões mais quentes em qualquer época do ano. As sementes 2 ou 3 g por metro quadrado vão primeiro para sementeiras, distribuídas em sulcos distanciados 10 cm. Um grama contém 300 sementes. Para o plantio de 1 ha é preciso cerca de 300g de sementes. A germinação ocorrerá de 15 a 20 dias após o plantio e as mudinhas devem ser mudadas
quando apresentarem de 4 a 6 folhas.As mudas devem ser transplantadas para o campo, canteiro ou vaso, com 15-20 cm de altura, cerca de 50-60 dias após a semeadura.
ADUBAÇÃO E CALAGEM
Fazer a correção da acidez do solo e adubação com base na análise química do solo. O solo deve ter boa drenagem e pH entre 5,5 a 6,8. Aplicar calcário para elevar a saturação de bases a 80%. Em situações onde é muito difícil fazer a análise química do solo, existem algumas aproximações que auxiliam o produtor quanto às quantidades e tipos de adubos a serem utilizados.
Recomenda-se o uso de 1 a 2 kg de esterco de curral curtido, 200 g de superfosfato simples e 20 g de cloreto de potássio por metro linear. A adubação com micronutrientes é importante, recomenda-se 2 kg/ha de B, 2 kg/ha de Zn e 10 kg/ha de S.
Até a fase de florescimento, as adubações de cobertura são feitas com em intervalos de 30-45 dias até o final do ciclo. Normalmente utilizam-se 30 kg/ha de N e 30 kg/ha de K2O.
TRATOS CULTURAIS
Manter a área livre de plantas daninhas por meio de capinas. As hastes lenhosas da maioria das variedades de pimenta dispensam o uso de tutor. Fazer a adubação de manutenção, utilizando 20 g de sulfato de amônio em cobertura com cerca de 30 dias após o plantio.
PRAGAS E DOENÇAS
Os insetos e ácaros estão associados com o cultivo desde a sementeira até a colheita dos frutos. A maioria das espécies não causa dano econômico e algumas são consideradas benéficas, podendo ser predadores de outros insetos. A forma mais eficiente e econômica de prevenir os danos causados por
pragas e doenças é através do monitoramento da cultura Portanto é prudente consultar um técnico com experiência e conhecimento na área de controle de pragas e doenças.
COLHEITA E RENDIMENTO
A colheita é feita manualmente, de 100 a 120 dias após o plantio. O rendimento médio por ha varia de cultivar para outra. A malagueta produz 10 t/ha. A colheita no primeiro ano sempre é maior, muitos plantadores preferem renovar anualmente as suas culturas.
COMPOSIÇÃO
O valor nutricional da pimenta é relativamente alto, por constituir boas fontes de vitaminas, principalmente C e, em tipos ingeridos secos, vitamina A. Apresenta ainda cálcio, ferro, caroteno, tiamina, niacina, riboflavina e fibras
COMERCIALIZAÇÃO
O mercado para a industrialização da pimenta consiste, basicamente, na secagem, na conserva do fruto inteiro e na produção de molho. No processo de conserva do fruto inteiro, a pimenta é acondicionada em embalagens de vidro em solução com álcool, cachaça, vinagre, óleo de cozinha ou azeite. A variedade deve apresentar frutos com boa aparência, uniformidade no tamanho e na forma, polpa firme e boa conservação. Geralmente se comercializa em caixas de 12 kg. As pimentas menores são embaladas em garrafas, em conserva com vinagre, sal e óleos comestíveis. É muito comum a comercialização em feiras livres ou indústrias de conservas.
Autor:
Gilberto de Andrade Fraife Filho
Eng• Agr•, MSc
Ceplac/Cepec
Referências
OLIVEIRA, Alexandre Borges et alli. Capsicum: pimentas e pimentões no Brasil. Brasília:
EMBRAPA, 2000. 113p.
SILVA , Ernani Clarete da; SOUZA, Rovilson José de . Cultivo de pimenta.
-------------------------------------------------------------
PIMENTA-DA-JAMAICA
INTRODUÇÃO
Especiaria da família das Myrtaceae originária do Oeste da Índia e América Latina. O seu sabor é bastante apreciado e lembra a combinação de canela, noz-moscada e cravo-da-índia. No interior dos frutos contém duas sementes que depois de beneficiadas dão um sabor especial às conservas, e servem para condimentação de carnes e mariscos. A pimenta-da-jamaica branca é ideal para carnes brancas, maioneses e molhos brancos, por ser mais suave. A preta é indicada para carnes vermelhas. A pimenta moída serve para aromatizar bolos, biscoitos, pudins, carnes, sopas e molhos. A Jamaica é o maior produtor com cerca de 70% da produção mundial. Ë cultivada também em outros países, como o México, Costa Rica, Guatemala, Cuba e Brasil. No estado da Bahia é explorada comercialmente na região do Baixo Sul nos municípios de Ituberá, Camamu, Nilo Peçanha e Valença.
CLIMA E SOLO
O clima mais propício par o seu cultivo é o quente e úmido, com precipitação pluviométrica acima de 1300 mm chuvas bem distribuídas durante a maioria dos meses do ano, temperatura média de 25°C e umidade relativa em torno de 80%. O solo deve ser de textura média e bem drenado com relevo plano ou levemente inclinado com pH entre 5,0 e 6,0.
FORMAÇÃO DE MUDAS
No plantio comercial da pimenta-da-jamaica, podem ser utilizadas mudas propagadas por sementes ou por via vegetativa, através da enxertia. A propagação por sementes é o método mais utilizado, sendo as mesmas colhidas de plantas matrizes de alta produção, frutos grandes com maturação uniforme. As sementes para o plantio não devem ser expostas ao sol, a fim de evitar prejuízos na germinação.
A germinação das sementes ocorre em média com 10 dias após a semeadura. A repicagem para os saquinhos de polietileno ocorre quando as mudinhas apresentarem o primeiro par de folhas. Utilizar sacos de polietileno com 20 cm de altura, 10 cm de largura com orifícios no fundo para facilitar a drenagem.
CONSTRUÇÃO DO RIPADO
Na construção do ripado, recomenda-se escolher a área com topografia plana, disponibilidade de água para irrigação das mudas e proximidade do plantio. O tamanho do ripado varia de acordo com o número de mudas necessárias para a área a ser plantada. Para cada m2 de viveiro comporta cerca de 40 a 50 mudas. É conveniente adotar espaçamento de 1,0 m entre os lotes de mudas a fim de facilitar a movimentação dos operários na prática dos tratos culturais. Utilizar material de baixo custo encontrado nas proximidades do plantio. Utilizar mourões com 2,5 m de altura, devendo ser enterrado 0,5m proporcionando uma altura de 2,0m. A distância entre os mourões é de aproximadamente 3,0m. A cobertura poderá ser feita com folhas de palmeira permitindo uma luminosidade em torno de 50% é conveniente também, colocar palhas de palmeira nas laterais do viveiro a fim proteger as mudas contra os ventos dominantes, evitando prejuízos ao desenvolvimento das mudas.
PLANTIO
As mudas estarão prontas para o plantio entre 10 e 11 meses após a semeadura. Deve-se fazer uma seleção das mudas para o plantio, dando preferência àquelas mais vigorosas e sadias. Os espaçamentos mais indicados são: 5 x 5m, 6 x 6m e 7 x 7m. As covas devem ter as dimensões de 0,40 cm em relação a largura, comprimento e profundidade, sendo as mesmas adubadas com 10 litros de esterco curtido com 19 gramas de superfosfato triplo, usando-se cobertura morta em volta da muda, a fim de manter a umidade e controlar o mato. Por se tratar de uma cultura que inicia a produção econômica no quarto ano de plantio, recomenda-se o consórcio com outras culturas, a exemplo da mandioca, banana, maracujá, mamão, inhame e pimenta-do-reino.
TRATOS CULTURAIS
É importante manter a planta livre do mato, através de coroamento ou roçagens da área de plantio. A poda de formação deverá ser feita após o primeiro ano de plantio, eliminando a gema do ápice da planta com a finalidade de reduzir o porte da planta e permitir a formação de uma copa mais robusta.
TRATOS FITOSSANITÁRIOS
Atualmente, não tem sido registrado nenhum caso de ocorrência de pragas e ou doenças nos plantios comerciais do estado da Bahia, este fato pode está relacionado com a grande rusticidade apresentada pela planta.
ADUBAÇÃO
Antes de iniciar a prática de adubação é conveniente fazer análise química do solo. Para as condições de clima e de solo da região Sudeste da Bahia resultados experimentais com a cultura revelaram que, a pimenta-da-jamaica é exigente em potássio em virtude deste elemento assumir importante função na formação dos frutos. A formulação de adubação recomendada é a 11 – 30 – 17, conhecida regionalmente como Fórmula A, usando 150g por planta no primeiro ano de plantio, quando o solo estiver com umidade satisfatória para prática de adubação. Para o segundo e terceiro ano, 200 gramas da mesma fórmula por planta. No quarto e quinto ano de plantio, usar 300 a 400 gramas por planta no período da floração e 120g de uréia e 100g de cloreto de potássio no início da formação dos frutos.
COLHEITA
Na região Sudeste da Bahia a colheita ocorre entre os meses de dezembro a fevereiro com cerca de três a quatro meses após a floração. O início da produção ocorre com quatro anos após o plantio. Os frutos devem ser colhidos quando se apresentarem plenamente desenvolvidos com a coloração ainda verde e deve tomar o cuidado de evitar o amadurecimento dos mesmos a fim de não perder o aroma. Existem dois métodos de colheita, o manual e o químico.
Colheita manual - é feita por mulheres utilizando escadas tripé. Faz-se o amarrilho dos galhos, em seguida colhem-se os cachos de frutos, colocando-se os mesmos em sacos, logo depois procede a separação dos frutos do pedúnculo. O rendimento médio diário da prática da colheita é de 4 kg de pimenta beneficiada.
Colheita química - consiste na utilização de fito-regulador que atua na planta liberando o etileno provocando a queda dos frutos. A planta é pulverizada com uma solução de Ethrel 24% na concentração de 50 ppm (20ml do produto para 100 litros de água) Após a aplicação e a partir do 2° dia, os botões florais começam a cair, tendo o seu pico de queda no 4° e 5° dias. O equipamento de pulverização denominado de “CRAVERINHA” foto abaixo, foi desenvolvido pelos pesquisadores da Ceplac em parceria com a EBDA.
Os frutos caídos devem ser coletados durante todo o dia a fim de se obter boa qualidade do produto.
PRODUTIVIDADE
A produtividade varia com as tecnologias empregadas, com a idade das plantas, densidade da copa, condições climáticas. O cultivo da pimenta-da-jamaica aos quatro anos de plantio produz em média 400 a 500 kg por hectare, alcançando uma produtividade de ate 3.000kg por hectare no sétimo ano de plantio.
BENEFICIAMENTO
O beneficiamento primário consiste na secagem dos frutos, que pode ser natural ou artificial. Na secagem natural ao sol utilizam-se terrenos cimentados, coberto de plásticos ou lonas. A secagem artificial é feita em estufa com temperatura média de 60° C, evitar temperatura superior, a fim de se evitar a volatilização de óleos essenciais dos frutos e conseqüentemente, a depreciação do valor comercial do produto. Após a secagem o produto passa por um processo de ventilação para eliminar as impurezas, e em seguida, procede-se o acondicionamento em sacos de polipropileno com capacidade para 50kg do produto beneficiado.
COMERCIALIZAÇÃO
Na região produtora o produto beneficiado é normalmente comercializado entre produtores e intermediários, ao preço de R$ 6,00 por kg resultando em pouca lucratividade para o setor produtivo. Entretanto, se recomenda a comercialização entre cooperativas e indústria do Sul do país a fim viabilizar a cadeia produtiva dessa importante especiaria.
Barachisio Lisbôa Casali
Gilberto de Andrade Fraife Filho
Engenheiro Agrônomo MSc Fitotecnia
CEPLAC
12/10/06
-------------------------------------------------------------------
Campo na TV exibe tecnologia de secagem de pimenta-dedo-de-moça
Dia de Campo na TV exibe tecnologia de secagem de pimenta-dedo-de-moça (05/05/2006)
Enviar esta página para alguém
O Dia de Campo na TV do dia 5 de maio, das 9h às 10h da manhã (horário de Brasília), pelo Canal Rural e parabólica, com reapresentação no dia 7 de maio, às 8h, pelo Canal NBR, apresenta o tema “Desidratação de pimenta-dedo-de-moça”. O programa é produzido pela Embrapa Informação Tecnológica (Brasília – DF) e Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro – RJ), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O agronegócio da pimenta tipo calabresa, ou dedo-de-moça, desidratada no Brasil está relacionado aos produtos oriundos de agricultores familiares da região de Turuçu, RS. Entretanto, registram-se anualmente elevadas perdas, ao redor de 40%, e o produto apresenta baixa qualidade. Isto se deve à falta de desenvolvimento tecnológico apropriado e de recursos para investimentos em equipamentos adequados à desidratação artificial da matéria-prima. As pimentas colhidas levam dias para secar ao ar livre e, com isso, muitos frutos apodrecem ou fermentam, são prejudicadas por pragas e pela variação climática. Esses fatores alteram a cor, um dos principais aspectos relacionados à qualidade da pimenta desidratada.
A solução para esse problema foi o dimensionamento de um sistema de secagem, realizado pela Embrapa Agroindústria de Alimentos. O objetivo do trabalho dos pesquisadores Felix Cornejo, Regina Isabel Nogueira e Viktor Wilberg foi reduzir substancialmente as perdas por meio de uma alternativa simples e econômica para obtenção da pimenta desidratada tipo calabresa de boa qualidade. O novo sistema artificial de secagem considera o efeito da temperatura e velocidade do ar na cinética de secagem da polpa de pimenta, em um secador do tipo cabine.
O Dia de Campo na TV é interativo. As dúvidas do público sobre a tecnologia apresentada são esclarecidas, ao vivo, por especialistas, a partir de perguntas recebidas durante o programa, pelo telefone 0800 7011140 (ligação gratuita), pelo fax (61) 3273-8949, ou ainda pelo endereço eletrônico diacampo@sct.embrapa.br.
Como sintonizar o programa:
Antena parabólica doméstica (Banda L, Freqüência 1220 Mhz); Recepção multiaberta (Banda C, Transponder 6A2, Polarização Horizontal, Freqüência 3930 Mhz). Pelo Canal Rural – NET, SKY e parabólica (Transponder 12A2, Polarização Horizontal, Freqüência 4171 Mhz).
Para aqueles que não puderem assistir ao programa, a Embrapa Informação Tecnológica disponibiliza cópias em vídeo que podem ser adquiridas pelos telefones: (61) 3340-9999 / 3448-4236, ou pela Livraria Virtual – www.sct.embrapa.br/liv/
Agriculture is the first human labor activity. God to make the garden of Eden wanted to make men happy CamposI and agricultural laborers. Agriculture is the reunion of man with his past in this activity and man can find God, to observe the miracle of seeds (By Valdemir Mota de Menezes)
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
AGRICULTURA NA EUROPA DA IDADE MÉDIA
Todavia, não só o clima melhorou a produção agrícola: alguns incrementos nas técnicas agrícolas devem também ser mencionados. Os medievos passaram a utilizar novas atrelagens que não sufocavam os animais, que eram a principal força motriz. Também começam a utilizar a charrua, ferramenta empregada para revirar o solo preparando-o para o plantio, e que podia ser usada com tração animal ou humana. A charrua permitia um aprofundamento das sementes, aumentando a produção. Por fim, um novo sistema de plantação, trienal, permitia uma utilização mais extensiva do solo. Anteriormente, para evitar o deterioramento do solo, os medievos cultivavammetade da terra, deixando o restante em repouso; no novo sistema, só um terço ficava em repouso.
Essas alterações levaram alguns historiadores a classificarem esse processo como a revolução agrícola medieval. Esse revigoramento agrícola, provocou a produção de excedentes e, conseqüentemente, estimulou o comércio, que paulatinamente, colaborou para a transformação da a estrutura feudal.
Adaptado de JUNIOR, H.F. A Idade Média e o nascimento do Ocidente. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988, p, 44.
Assinar:
Postagens (Atom)