Eu já tentei por diversas vezes fazer canteiros com plantações de alho, mas não obtive sucesso e não consegui colher nenhuma cabeça se quer de alho. Segundo pude compreender, a falha no cultivo estava relacionado ao tipo de clima e de sementes. Os alhos vendidos comercialmente seriam imprestáveis para o cultivo e em segundo lugar, na época da eclosão da cabeça do alho a temperatura deve esta por volta de 15o graus, ou seja no inverno. O cultivo que tentei fazer foi na cidade de Itariri/SP em região montanhosa.
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Veja mais informações sobre o cultivo de alho:
ALHO
1) ALHO-SEMENTE
a. É o fator mais importante do sucesso. Deve-se plantar alho-semente graúdo e sadio.
b. A seleção do alho-semente deve ser iniciada no campo de plantio. Deve-se eliminar todo o alho que tiver problemas com nematóide.
c. O ideal é fazer uma seleção manual, descartando todo o alho que tiver problemas de formação, de tamanho pequeno ou com pragas e doenças.
d. As cultivares sugeridas são as seguintes: Seleção Chonan, Quitéria, São Valentin (Roxo Caxiense), Contestado, Caçador e Jonas.
e. O ideal é plantar um dente proveniente de um alho-semente no mínimo classe 4 (37-42mm). Bulbilhos menores que 1,5 gramas não devem ser plantados.
f. Os bulbos do alho-semente devem ser armazenados preferencialmente a temperaturas de 14ºC a 18ºC, já que tem efeito decisivo na superação da dormência e na bulbificação. O tratamento visa controlar o ácaro, o nematóide e os fungos que atacam os bulbilhos de alho após o plantio. Usar uma solução a base de nematicida e fungicidas.Tempo de imersão: 4 horas. A solução deverá ser renovada no máximo a cada 2 dias.
2) DEBULHA E CLASSIFICAÇÃO DO BULBILHO
a. Deve-se evitar as machucaduras, por onde penetram os fungos e bactérias.
b. O ideal é a debulha manual, mas é praticamente inviável economicamente.
c. Usando-se a debulhadeira, é indispensável deixar o alho no sol por 2 horas no mínimo, para facilitar a debulha.
d. Os dentinhos devem ser separados pelo seu tamanho. Três tamanhos são suficientes: pequenos, médios e graúdos, sendo plantados apenas os médios e graúdos.
e. Após a debulha, caso não der para plantar em seguida, jamais deixar o alho-semente debulhado e amontoado. Procurar espalhá-lo numa lona.
3) PREPARO DO SOLO / ADUBAÇÃO
a. A correção do solo deve ser realizada de acordo com o resultado da análise da terra. O alho não tolera a presença de alumínio tóxico. Não se deve corrigir o solo em cima da hora do plantio.
b. O alho tem respondido muito bem em produção, às adubações com esterco e adubações verdes. É indispensável a rotação de culturas, plantando alho no máximo 3 anos na mesma área.
c. Deve-se plantar em curvas de nível, fazendo terraços de acordo com a declividade do terreno.
d. Deve-se evitar o uso exagerado da rotativa e em solos compactados deve-se usar o subsolador para quebrar a camada compacta e fazer adubações verdes com milho e soja.
e. A lavração para a incorporação do esterco e adubos verdes deve ser realizada no mínimo 45 dias antes do plantio, para ocorrer uma melhor destorroação do solo por ocasião do plantio, para que a marcação dos locais onde será plantado o bulbilho fique bem nítida.
4) ADUBAÇÃO
a. A adubação depende, além da análise do solo, da tecnologia que o produtor usará como: tamanho do alho-semente, cultivar a ser plantada, densidade de plantio, irrigação. A adubação também depende da área a ser cultivada. Áreas novas requerem mais adubo que áreas já trabalhadas.
b. Para produtividade em torno de 10.000 Kg, usa-se entre 1.200 e 2.000 Kg de adubo químico por hectare, das fórmulas 3-30-15 ou 2-25-25, dependendo dos fatores anteriormente citados.
c. A adubação de cobertura é uma tecnologia que tem aumentado a produtividade. O seu uso depende da análise do solo, uso de esterco, irrigação, tamanho do alho semente e estado geral da lavoura. Normalmente faz-se duas coberturas com nitrogênio. A primeira 30 dias após a brotação inicial e a segunda após a diferenciação em início de outubro.
d. O uso exagerado de nitrogênio e fora de época provoca o superbrotamento.
5) SUPERBROTAMENTO
a. É uma anormalidade genético-fisiológica. Todas as cultivares de alho plantadas na região são geneticamente suscetíveis a essa anormalidade.
b. Vários outros fatores podem causar o superbrotamento como: o alho-semente miúdo, excesso de nitrogênio, baixa densidade de plantio, excesso de chuva e/ou irrigação na diferenciação.
c. Fatores climáticos como o frio é decisivo na ocorrência dessa anormalidade. A falta de frio no inverno e o frio extemporâneo, por ocasião da diferenciação são importantes no aparecimento do suberbrotamento.
d. Na realidade, o alho que vamos colher, depende inicialmente da origem da semente (onde foi cultivada). Onde foi armazenada (qual a temperatura) e após, da interação dessa semente com o meio ambiente (fatores climáticos e manejo), onde será cultivada.
e. Para minimizar o problema do suberbrotamento pode-se sugerir o seguinte: plantar alho-semente graúdo, usar alta densidade, evitar excesso de nitrogênio e irrigação, evitar qualquer tipo de stress por ocasião da diferenciação e armazenar o alho-semente, antes do plantio, em locais com temperaturas entre 14º e 18ºC. 6)
ÉPOCA DE PLANTIO
a. A época de plantio depende da cultivar a ser plantada. Essa época é determinada pela brotação do bulbilho que varia de acordo com as condições de armazenamento do alho-semente. Essa brotação é de fácil visualização, (basta cortarmos o dentinho longitudinal). Recomendamos as seguintes épocas de plantio, de acordo com as cultivares : 1-Contestado e Jonas- de meados de maio a meados de junho; 2- Caçador - no mês de junho; 3 - Seleção Chonan - de 10 de junho a 10 de julho; 4 - Quitéria e São Valentin no mês de julho.
b. Os “dentes” graúdos quebram a dormência antes que os médios e pequenos. Por isso devem ser plantados antes que os demais.
c. O alho “vernalizado” ou de câmara fria, na nossa região, deve ser realizado com a cultivar quitéria. Essa variedade tem respondido bem em produção com 25-30 dias de câmara a 4ºC, com plantio de meados até o final de junho.
7) SISTEMA DE PLANTIO
a. Depende basicamente do trator e da rotativa que possui o produtor.
b. O ideal é que as perdas nos entre canteiros sejam pequenas. O espaço nos entre canteiros deve ser de 1,70 a 1,80m. A “mesa” do canteiro deve ser de 1,20 a 1,30 metros.
c. O plantio deve ser longitudinal, com 4, 5 ou 6 fileiras em cima do canteiro. Isso depende da largura do mesmo, conforme o conjunto (Trator X Rotativa). Quando a largura da “mesa” do canteiro for de 1,30 m deve-se usar 5 ou 6 fileiras de plantio.
d. De acordo com o peso do dentinho, recomenda-se os seguintes espaçamentos: 1- Bulbilho de 1,5 a 2,0 gramas : 25x7cm; 2 - Bulbilhos de 2,0 a 3,0 gramas: 25x8cm; 3 - Bulbilhos de 3,0 a 4,0 gramas: 25x10cm.
e. No sistema de plantio de 5 linhas, a distância entre as mesmas é de 25 cm, variando apenas dentro da linha, de acordo com o peso dos dentinhos.
f. No sistema de plantio de 6 linhas, recomendamos usar 3 duplas, no espaçamento de (10x40x10x40x10) nas fileiras e de 8 a 10cm entre plantas dentre das linhas de acordo com o peso dos “dentes”.
g. O stand mínimo, por ocasião da colheita é de 330.000 plantas/hectare e no máximo de 440.000 plantas/hectare. h. Quanto maior o stand, maior será a produtividade, mas menor será o tamanho do alho colhido. O ideal é o stand sugerido acima.
8) PLANTIO
a. Todo o plantio é manual. Coloca-se o ápice do bulbilho virado para cima.
b. As maiores produtividades no plantio, são conseguidas, pagando-se a mão-de-obra por metro de canteiro plantado.
c. Não há necessidade de cobrir o dentinho. Recomenda-se fazer uma irrigação logo após o plantio.
d. O plantio perfeito só é conseguido quando o preparo do canteiro for realizado com um bom conjunto de trator e rotativa.
9) HERBICIDAS PRÉ-EMERGENTES
a. Várias plantas daninhas ocorrem no período de inverno-primavera, entre elas: azevém, mentruz, nabo, serralha, erva de passarinho, língua de vaca.
b. Os herbicidas pré-emergentes, geralmente controlam bem as plantas daninhas de inverno e reduzem significativamente as de primavera, devido ao poder residual dos mesmos.
c. Além dos herbicidas pré-emergentes, que não controlam 100% das plantas daninhas, o produtor deverá realizar as capinas durante todo o ciclo da cultura, procurando não revolver muito o solo. Outros herbicidas de pós-emergência podem ser usados, de acordo com a ocorrência das plantas daninhas.
d. Os herbicidas sugeridos para a aplicação logo após o plantio são os seguintes: · Ronstar 250g/l, na base de 3,0 a 4,0 litros por hectare, com aplicação logo após o plantio do alho, com o solo úmido, bico leque e baixa pressão. · Diuron 80 ou Karmex, em forma seqüencial, usando-se 1,0 Kg/hectare logo após o plantio e 0,80 Kg/ha 3 semanas após. É um produto extremamente fitotóxico. Deve ser aplicado com o solo úmido com período nublado, de preferência. Não usá-lo em períodos secos. Aplicar esse herbicida com bicos leque e baixa pressão.
e. O uso de EPI ( Equipamentos de Proteção Individual ) é obrigatório quando se manusear os defensivos agrícolas, quer no tratamento do alho-semente, quer na aplicação dos mesmos na lavoura como herbicidas, fungicidas e inseticidas.
f. A tríplice lavagem das embalagens de defensivos agrícolas também é uma medida obrigatória, pois chega a limpar até 99,9% dos defensivos do seu interior e viabilizam a sua reciclagem.
g. A informação, a aprendizagem é um processo contínuo. Nós da Epagri procuramos fazer a nossa parte, que é levar essas informações até você. Mas quem toma a decisão é você!
MARCO ANTÔNIO LUCINIEngenheiro Agrônomo/EPAGRI - Curitibanos, SC. Fone (49)2450680.E-mail: epagrictb@baroni.com.br
Agriculture is the first human labor activity. God to make the garden of Eden wanted to make men happy CamposI and agricultural laborers. Agriculture is the reunion of man with his past in this activity and man can find God, to observe the miracle of seeds (By Valdemir Mota de Menezes)
domingo, 28 de fevereiro de 2010
domingo, 7 de fevereiro de 2010
GRUMIXAMA
Informação extraida do site:
http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=11937
Nome Popular: grumixameira, grumixama.
Nome Científico: Eugenia brasiliensis La M.
Família Botânica: Myrtaceae
Origem: Brasil – Mata pluvial Atlântica.
Característica da Planta: Árvore de até 20 m de altura, com tronco curto e copa de forma piramidal. Folhas duras, de coloração verde-escura. Flores brancas, pequenas, surgindo de setembro a novembro.
Fruto: Arredondados, achatados nas extremidades, com casca lisa, de coloração amarela ou roxo-escura, quase preta, manchada de vermelho na maturação. Polpa suculenta envolvendo 2 sementes esbranquiçadas, frutifica de novembro a janeiro.
Cultivo: Propaga-se por sementes e adapta-se bem em qualquer tipo de clima e solo, resistindo bem a geadas.
Possui crescimento rápido.
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