É uma fruta pertencente à família das cactáceas e é conhecida mundialmente como "Dragon Fruit", Fruta-do-Dragão.
É fruta de aparência muito bonita e diferente, além de produzir flores noturnas de rara beleza com grande potencial ornamental. De acordo com a espécie seus frutos podem ser de cor amarelo-vivo ou vermelho externamente, de polpa branca translúcida com minúsculas sementes como o Kiwi e de sabor suave e muito agradável. Em algumas espécies a polpa é de coloração vermelha com tonalidade mais forte que a casca e são atualmente as mais procuradas para plantios comerciais.
Aqui na Fazenda Citra em Limeira nós iniciamos nossos testes com esta fruta em 1991 através de material introduzido por um grande colaborador , o Sr. Mário Nogueira Rangel, pesquisador da Enciclopédia Britânica. Ele consumiu a fruta em uma de suas inúmeras viagens à América Central e logo pensou na implantação desta frutífera de fácil cultivo no Brasil com grandes perspectivas econômicas.
Grande entusiasta da fruticultura o Sr. Mario Nogueira Rangel também nos trouxe material de outras frutíferas exóticas como
o Mamey ( Callocarpum sapota ) e Akee ( Blighia sapida ) entre outras. De boa parte destas espécies não obtivemos o mesmo sucesso das Pitayas devido a fatores climáticos limitantes. No que diz respeito às espécies de Pitayas tivemos bastante êxito, hoje já temos várias dessas plantas produzindo em nossa coleção e já estamos iniciando a produção de mudas das seguintes espécies, veja na próxima página.
- PITAYA VERMELHA DE POLPA BRANCA
( Hylocereus undatus, (Haw.) Britton & Rose
De origem incerta, provávelmente Caribe e Indias Ocidentais.
- PITAYA VERMELHA DE POLPA VERMELHA
( Hylocereus costaricensis, F.A.C. Weber) Britton & Rose
Originária da Nicarágua, Costa Rica e Panamá
- PITAYA AMARELA
( Selenicereus megalanthus, K.Schum. ex Vaupel ) Moran
Originária da Bolivia, Colômbia, Equador e Peru.
Obs. Esta espécie ainda não esta produzindo.
- PITAYA PEQUENA OU SABOROSA
( Selenicereus setaceus, Salm-Dyck ) Werdermann
Originária da Argentina, Bolivia, Brasil e Paraguai
Obs. Esta espécie nos foi trazida por nosso amigo e colaborador de Patos de Minas , Prof. Adelicio
Pereira da Silva.
Hylocereus ocamponis, Hylocereus guatemalensis e Hylocereus broxensis.
Dicas de cultivo
Origem: As espécies são nativas do continente americano sendo que as espécies mais comerciais se concentram na América Central e México. Temos uma espécie de excelente qualidade aqui na América do Sul porém de frutos menores, a Selenicereus setaceus, conhecida também como Saborosa ou Pitainha.
Clima: Pode ser cultivada em diversas altitudes, desde o nível do mar até acima de 1000 metros, preferindo temperatura média entre 18 a 26 graus centígrados. Chuvas de 1200 a 1500 mm ao ano são ideais para o desenvolvimento da cultura, porém também se desenvolve em climas mais secos.
Solos: Os solos que oferecem melhores condições para o desenvolvimento do cultivo são os de pH entre 5.5 e 6.5 e não compactados . Devem ser ricos em matéria orgânica, bem drenados e de tex tura bem solta.
Espaçamento: O tutoramento com mourões é fundamental. Pode ser feito com mourões de madeira tratada, postes de concreto e até caules de frutíferas ( ex. tangerineiras, laranjeiras, etc.) que após podados podem ser usados para tutoramento. Um espaçamento sugerido usando os tutores seria 3 metros entre as plantas e 4 metros entre as ruas, podendo ser plantada 1 ou 2 mudas por tutor. Lembramos também que em plantios domésticos a Pitaya pode ser plantada em caules de árvores preferencialmente de porte baixo para não dificultar a colheita. Alguns produtores fixam quadros de madeira no ápice dos mourões para um melhor tutoramento o que onera um pouco mais o trabalho porém com resultados melhores.
Produção: Em literaturas internacionais são citadas produções de 14 toneladas por hectare para a Pitaya Amarela (Selenicereus megalanthus ) e para a Pitaya Vermelha de Polpa Branca ( Hylocereus undatus ) 30 toneladas por ha, isto anualmente. No Vietnam os plantadores conseguem até 40 ton por ha, provávelmente isto se deve ao sistema de condução da planta , pois podas aumentam a brotação de galhos na planta e consequentemente haverá mais flores e frutos. A irrigação nos períodos mais sêcos, desde que sem encharcamentos, também acelera o desenvolvi mento da planta. Vale lembrar que plantas que estiverem em situação de estresse hídrico prolongado não devem ser irrigadas abundantemente pois correm o risco de apodrecimento.
Obs. Evitar pulverizações com defensivos químicos pois os mesmos podem interferir no sabor dos frutos. Para fungos usar preferencialmente calda bordaleza.
Imagens:
www.fazendacitra.com.br e www.luisbacher.com.br
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